Peugeot 508 SW Hybrid Plug-in 180

Mesma distância entre-eixos na berlina e na SW

Luzes de trás foram remodeladas

Versão híbrida plug-in de 180 cv

Pneus Michelin Pilot Sport 4S dão alta aderência

Marca por extenso é uma moda atual

O novo símbolo chega ao 508

As luzes de dia passaram de uma para três, na vertical

Posição de condução não mudou

Novo sistema de infotainment

Novo comando da caixa de velocidades automática

Bancos com bom suporte lateral e confortáveis.

Espaço em comprimento é mais que suficiente

Mala com capacidade de 530 litros

Elegância da 508 SW não se perdeu

Condução do 508 SW continua a ser envolvente

Frente mais agressiva, mas bem desenhada

Se há coisa que nunca faltou ao Peugeot 508 SW foi elegância. Mas chegou a altura de alinhar a imagem com a dos outros modelos da marca. E o trabalho voltou a resultar muito bem. Primeiro Teste TARGA 67, com condução de Francisco Mota, para saber o que mudou na versão Plug-in de 180 cv.

 

Quando vi as primeiras maquetas em escala real do 508, em 2017, o responsável de estilo Gilles Vidal, que há dois anos passou para a Renault, deu uma verdadeira aula de como se desenha um automóvel, à assistência composta pelos jurados do The Car Of The Year, grupo ao qual tenho a honra de pertencer.

Versão híbrida plug-in de 180 cv

Começou por mostrar como se definem as proporções de uma berlina que se queria posicionar próximo das marcas premium, através de uma série de maquetas sem rosto.

Ou seja, maquetas sem frente, nem traseira, para que os estilistas se concentrassem nas proporções, nas formas gerais, e não nos detalhes.

Definir o essencial

Coisas como a posição relativa das rodas e dos pilares do tejadilho, da linha de cintura, da altura da zona metálica das portas em relação à altura dos vidros. Da largura da cabine em relação à largura dos “ombros”.

O novo símbolo chega ao 508

O desenho gráfico da frente e da traseira só surgiu depois, quando as proporções e os volumes estavam definidos. E o que se pode concluir deste método de trabalho é que resultou muito bem.

Cinco anos depois da sua apresentação pública em 2018, o 508 continuava elegante e distinto de tudo aquilo que se pode ver no mercado.

O inevitável restyling

Mesmo num segmento em vias de extinção, como é o das berlinas e carrinhas de marcas generalistas, o 508 continua a liderar e a seduzir compradores que não querem seguir os premium alemães.

As luzes de dia passaram de uma para três, na vertical

Mas tudo tem o seu tempo e por mais original que o 508 se mantivesse, era preciso alinhar a sua imagem estilística com as mais recentes opções da Peugeot.

Um restyling tinha que ser feito. A frente tinha que passar a ter a grelha “infinita”, que se funde com o para-choques, também redesenhado, na frente e atrás.

Ar de família

No meio da grelha, a mais recente iteração do símbolo do leão, que esconde sensores e radares necessários às ajudas eletrónicas à condução, que foram reforçadas em número e melhoradas nas funções.

Os faróis passam a ter matriz de LED e as luzes de dia continuam a ser verticais mas em número de três, de cada lado. Há uma nova coleção de jantes, como é hábito nos restylings.

Marca por extenso é uma moda atual

O interior das luzes de trás também foi redesenhado e o símbolo do leão deu lugar à marca escrita por extenso, como agora é moda, sobre uma faixa preta que une as luzes.

Novo infotainment

Por dentro, há um renovado infotainment com ecrã de 10” e mais funcionalidades, a alavanca da caixa automática de oito relações foi substituída pelo balanceiro encastrado que a marca está a usar em todos os modelos.

Novo sistema de infotainment

novos revestimentos, num habitáculo que mantém um bom nível de qualidade e justifica a liderança nas vendas de berlinas e SW de marcas generalistas em 2022, no nosso país.

Plug-in de 180 cv

Escolhi para este Primeiro Teste do renovado 508 SW, a versão PHEV de 180 cv e 360 Nm combinados, que passou a estar disponível no 508 e deverá ser a mais procurada da gama.

Ao volante da carroçaria SW, a sensação é mais a de se estar dentro de uma “shoooting brake” com o tejadilho baixo e vidros de portas sem aros, do que de uma vulgar carrinha.

Posição de condução não mudou

Ainda assim, a capacidade da mala é de 530 litros com plano de carga bastante baixo. O espaço atrás foi pensado para dois passageiros, o comprimento é suficiente mas a altura não é muita.

Na estrada

Há quatro modos de condução: Sport/Hybrid/Confort/Electric, tendo o teste começado com o último. Os 110 cv e 320 Nm do motor elétrico mostraram desenvoltura em percurso urbano e muita suavidade.

Novo comando da caixa de velocidades automática

A Peugeot anuncia uma autonomia em modo elétrico de 55 km, para esta versão de 180 cv, que usa um motor 1.6 turbo a gasolina de 150 cv. Terei que confirmar este valor num teste mais completo.

Passando ao modo Hybrid, a transição entre a tração elétrica e térmica, ou mista, é feita de forma suave e a caixa automática de oito relações também é bastante suave e suficientemente rápida.

Boas performances

O modo de maior retenção “B”, que se liga num botão minúsculo ao lado do gatilho da caixa, está bem calibrado, para quem não aprecia funções deste tipo muito intensas.

Em estrada, o 508 SW PHEV 180 começa por agradar pela precisão da frente na entrada em curva, beneficiando dos Michelin Pilot Sport 4 235/40 R19 montados na unidade que testei.

Pneus Michelin Pilot Sport 4S dão alta aderência

Não falta força nas acelerações, a Peugeot anuncia 8,3 segundos para os 0-100 km/h, usando bem a parte elétrica nos regimes mais baixos, para depois ser o motor 1.6 turbo a cumprir o seu papel.

Dinâmica envolvente

Claro que, em modo Sport, o motor a gasolina tem que trabalhar mais e faz-se ouvir. A direção é rápida o suficiente, mas o volante de pequeno diâmetro obriga a habituação, numa condução mais rápida e tapa a parte inferior do painel de instrumentos.

Condução do 508 SW continua a ser envolvente

Os bancos são confortáveis, têm apoio lateral suficiente e contribuem para uma sensação de conforto apreciável, para um chassis que tem alguma coisa de desportivo, beneficiando da suspensão traseira independente.

Conclusão

Os preços começam nos 53 615 euros, para a SW Allure que deverá ser a versão mais procurada. Com este restyling a Peugeot demonstrou a qualidade do desenho base do 508, que ganhou uma nova vitalidade, para o último terço da sua vida comercial.

Francisco Mota

Ler também, seguindo o Link:

Crónica – Encontro em Madrid com o futuro da Lancia