Volvo C40 Recharge

C40 Recharge chega no final do ano

Silhueta crossover

Novo desenho para as luzes

Google e Android a bordo

Novo painel de instrumentos

Num evento digital mundial, a Volvo apresentou o seu novo elétrico C40 Recharge e fez um anúncio ambicioso. Dentro de nove anos, todos os Volvo vão ser elétricos e vendidos online.

 

Conhecida há várias décadas pela preocupação com a segurança dos seus automóveis, a Volvo anunciou agora que vai colocar a sustentabilidade ao mesmo nível. Nas palavras do seu CEO, Hakan Samuelsson, “o derradeiro teste de segurança são as mudanças climáticas”. A marca assume o seu papel no problema e anuncia uma autêntica revolução no seu comportamento ambiental.

De entre os vários anúncios que foram feitos, o mais sonante é sem dúvida o fim da produção de motores de combustão interna, incluindo dos híbridos, até 2030.

Daqui a apenas nove anos, todos os Volvo novos vão sair das fábricas com motorizações 100% elétricas. Uma revolução, em termos de indústria automóvel, mas um passo lógico para a marca que tem apostado fortemente nos PHEV.

Volvo quer liderar

Os objetivos da Volvo são muito claros: “pretendemos ser líderes no segmento dos automóveis elétricos premium” diz Samuelsson, acrescentando que o vai fazer mantendo o lucro do negócio “por isso estamos a investir no futuro.”

Para lá chegar, a Volvo estabelece uma rota que passa por atingir 50% da sua produção total composta por veículos elétricos, já em 2025.

A Volvo acredita na aceleração da procura de carros elétricos nos próximos anos e no alargamento da infraestrutura de postos públicos de carregamento, estando convicta que não existe futuro para os automóveis com motor a combustão.

Não são só os carros

Do ponto de vista das emissões poluentes, não são apenas os automóveis que devem ser mudados. A Volvo sabe disso e anunciou outra meta muito ambiciosa, a de atingir a neutralidade carbónica em 2040, no global da sua atividade.

As metas intermédias que a Volvo pretende alcançar nesta matéria são igualmente ousadas. Já em 2025, tem como objetivo reduzir 40% nas emissões da sua atividade.

Esta redução de 40% nas emissões de CO2 será atingida com o contributo de três áreas: os automóveis vão representar metade dessa redução, a logística representa um quarto e as matérias primas e fornecedores, também um quarto.

Quanto às fábricas, a transição vai ainda mais avançada, esperando-se que a sua produção atinja a neutralidade carbónica já em 2025. Neste momento, 80% da energia utilizada pelas fábricas da Volvo na Europa já tem origem em fontes de impacto neutro. Desde 2008 que a electricidade vem de centrais hidroelétricas.

A origem dos materiais

A preocupação da Volvo com a sustentabilidade passa também pela monotorização da origem dos materiais empregues nos seus automóveis. Como por exemplo o rastreio global do Cobalto usado na produção das baterias.

Através da rede “Blockchain”, em que são partilhados dados de confiança acerca deste tema, é possível aumentar a transparência da cadeia de fornecimento de matérias primas e garantir que substâncias como o Cobalto são obtidas de origem sustentável e de forma socialmente responsável.

Materiais reciclados

Outro aspeto em que a Volvo continua a dar passos importantes é na utilização de materiais reciclados nos seus automóveis, no âmbito da economia circular. Também estes objetivos foram anunciados para os próximos quatro anos.

Até 2025, a Volvo pretende aumentar em 25% a utilização de plásticos reciclados, em 40% o aluminio reciclado e em 25% o aço reciclado. Um exemplo concreto desta política pode ser encontrado no novo C40 Recharge, o primeiro Volvo a não utilizar qualquer pele de origem animal.

As vendas online

A outra grande mudança no negócio Volvo para os próximos anos é a maneira como os carros vão ser vendidos. As vendas online vão crescer rapidamente com a marca a garantir que todos os futuros modelos elétricos vão ser vendidos exclusivamente online.

A par dessa medida surgem outras que visam a transparência do processo de compra, como a política de preço definido. Vai também ser feita uma reestruturação na oferta, diminuindo a complexidade da configuração de cada modelo.

A ideia é diminuir a lista de opcionais e disponibilizar apenas as versões com os níveis de equipamento mais procurados. Desta forma agiliza-se a produção e os tempos de entrega.

Também vão ser desenvolvidos outros serviços, que passam pelo aluguer, por oposição à compra, ou a disponibilidade de mais opções no que diz respeito a manutenção, seguindo o plano Care by Volvo.

O novo C40 Recharge

O plano de produto da Volvo prevê o lançamento de um modelo elétrico novo por ano, começando pelo C40 Recharge, o primeiro modelo da marca feito de raiz para ser exclusivamente elétrico, apesar de utilizar a conhecida plataforma CMA.

Trata-se de um “crossover” com silhueta coupé e posição de condução não tão alta como a dos SUV. Tem a nova frente que a Volvo vai aplicar à geração de veículos elétricos, e novo desenho das luzes traseiras em LED.

Inclui um novo infotainment, feito com a Google com base no sistema Android e inclui as conhecidas aplicações Google Maps, Assistant e Play Store.

Tem conetividade com dados ilimitados, permitindo receber atualizações “over the air” ao longo da sua vida útil.

Autonomia de 420 km

O C40 Recharge dispõe de dois motores, um por eixo e uma bateria de 78 kWh, sendo anunciada uma autonomia de 420 km e um tempo de recarga dos 0 aos 80% em 40 minutos.

O segundo elétrico da Volvo, produzido na Bélgica, tal como o XC40 Recharge, pode ser encomendado online e começará a ser entregue aos clientes no final do ano.

Serviços como a manutenção programada, garantia, assistência em viagem, seguro e “wallbox” para carregamento doméstico fazem parte da oferta.

Conclusão

Com o C40 Recharge e também com o XC40 Recharge, a Volvo entra num segmento em grande expansão, o dos elétricos premium. O investimento na eletrificação parece adaptar-se particularmente bem à sua imagem e surge na altura certa, depois do investimento que foi feito nos híbridos. É o próximo passo e um passo lógico.

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