Skoda Superb Break 2024

A Skoda fez o lançamento do Superb Break em Portugal

Plataforma não mudou nesta nova geração

Skoda Superb Break 2024

Nova ergonomia no tablier

Qualidade subiu nesta nova geração

Novo sistema de infotainment

Botões configuráveis na consola

Bancos confortáveis e muito espaço

Dinâmica melhorada com nova suspensão

Mala tem 690 litros de capacidade

Conforto mantém-se muito bom

Estilo é novo, mas pouco mudou

A gama Skoda Superb foi profundamente atualizada, começando pela versão break, a mais vendida. A plataforma é a mesma, mas mudou muita coisa nesta grande carrinha. Conheça as novidades em mais um Primeiro Teste TARGA 67, conduzido por Francisco Mota.

 

A plataforma deste novo Skoda Superb continua a ser a mesma da terceira geração, lançada em 2015, mas numa nova evolução que recebeu o nome interno MQB 48W.

Faz parte do projeto Beta Plus, que inclui o novo Passat pois ambos os modelos partilham muita coisa e, tal como o modelo da VW, começa a sua vida em 2024 pela versão carrinha, que assegura 54% das vendas do modelo. A berlina será lançada até ao final de 2024.

Suspensão revista

Em termos técnicos, as diferenças na plataforma passam pela redefinição dos pontos de ancoragem da suspensão traseira, bem como dos casquilhos utilizados. Nas versões mais potentes, o sub-chassis dianteiro é feito em alumínio.

A Skoda fez o lançamento do Superb Break em Portugal

Todas as versões usam suspensão traseira multilink e os travões são novos, com um sistema que mantém as pastilhas mais afastadas dos discos, para reduzir atritos.

A maior novidade é a adoção de amortecedores adaptativos com duas válvulas, uma para compressão e outra para extensão. Fazem parte de um sistema que o grupo chama DCC Plus e que será opcional.

Cinco opções

Em termos de suspensões, a gama Superb oferece nada menos do que cinco versões, de acordo com as motorizações, níveis de equipamento e mercados.

Plataforma não mudou nesta nova geração

À suspensão normal segue-se uma desportiva, que é 15 mm mais baixa e outra 15 mm mais alta, para as versões 4×4 e para mercados com estradas em pior estado.

Depois há duas versões da DCC Plus, uma normal e outra desportiva, também 15 mm mais baixa. Os pneus também foram mudados, para diminuir o ruído de rolamento e a resistência. A direção foi recalibrada.

Mala ainda maior

O comprimento total aumentou 40 mm, na versão Break protagonista deste Primeiro Teste TARGA 67, o que permitiu à capacidade da mala crescer 30 litros atingindo os 690 litros. Há uma chapeleira de acionamento elétrico e uma barra multi-usos com ganchos, capaz de criar divisórias.

Bancos confortáveis e muito espaço

A altura subiu 5 mm e o forro interno do tejadilho é mais fino, de forma a aumentar um pouco o espaço para a cabeça dos ocupantes, sobretudo nos lugares da segunda fila, que continuam a ter um comprimento fenomenal, mesmo sem alteração da distância entre-eixos que continua a valer 2841 mm.

Novos interfaces

Nos lugares da frente, passa a haver opção entre três tipos de bancos, incluindo função de massagem. O ecrã tátil central (pode ter até 13”) tem um novo sistema de infotainment, mais completo e mais fácil de usar. Terá ChatGpt em breve.

O painel de instrumentos digital de 10” também é novo e passa a estar disponível um Head-Up Display em opção. Outra novidade é a passagem da alavanca da transmissão automática para uma haste na coluna de direção, com movimento rotativo, que não se mostrou muito intuitivo.

Novo sistema de infotainment

Isto liberta mais espaço na consola, que ganha um carregador de smartphone por indução e uma prateleira extra, além de um volumoso cofre sob o apoio de braços, com tampa bipartida.

Botões configuráveis

Novidade interessante são os três comandos rotativos físicos a meio da consola, que comandam a climatização, mas que se configuram facilmente para regular outras funções, como a escolha dos modos de condução.

quatro versões de equipamento que podem ser combinadas com três tipos de acabamentos interiores, todos vegan e usando pele sintética. O ambiente a bordo voltou a subir na qualidade apercebida.

Botões configuráveis na consola

Em termos de estilo, será preciso colocar as duas gerações do Skoda Superb Break lado a lado para perceber as diferenças. O desenho dos faróis e farolins mudou ligeiramente e passou a ser usada uma nova tecnologia de LED Matrix.

O que muda por fora

Os para-choques também foram redesenhados, o spoiler no extremo do tejadilho é mais longo, os puxadores das portas são iluminados e a grelha octogonal foi redefinida.

O Cx desceu para 0,25, devido às novas jantes carenadas, retrovisores com novas formas, para-brisas mais inclinado e cortinas elétricas por trás das grelhas dianteiras.

Nova ergonomia no tablier

A gama de motores foi alterada, contando agora com um novo 1.5 TSI MHEV de 150 cv a gasolina e dois 2.0 TSI de 204 cv ou 265 cv (4×4). Há ainda dois Diesel 2.0 TDI, com 150 cv ou 193 cv (4×4). Todos com caixa DSG de dupla embraiagem.

Um novo híbrido plug-in

A maior novidade é o 1.5 TSI Plug-in Hybrid Drive com 204 cv de potência combinada e 350 Nm de binário, graças a um motor/gerador elétrico de 85 kW montado na caixa.

Tem uma bateria de 25,7 kWh (o dobro do sistema anterior) que permite à Skoda anunciar uma autonomia WLTP em cidade, em modo 100% elétrico acima dos 100 km.

Estilo é novo, mas pouco mudou

Esta bateria pode ser carregada de 10 a 80% a 11 kW AC em 2h30; ou a 50 kW DC, em 25 minutos, o que é uma novidade. Está colocada sob o banco traseiro, deslocando o depósito de 45 litros de gasolina para debaixo do piso da mala.

Impressões de condução

Para este Primeiro Teste, feito em estradas nacionais e autoestradas portuguesas, para onde a Skoda se deslocou para fazer a apresentação da Break à Imprensa internacional, escolhi um dos novos 1.5 TSI MHEV.

Este “mild hybrid” utiliza um motor/gerador elétrico de 48 Volt acionado por correia e uma bateria de iões de Lítio colocada sob o banco da frente da direita. Tem também desativação de dois cilindros em situações de baixa aceleração.

Mala tem 690 litros de capacidade

As primeiras impressões chegam da muito boa posição de condução, com amplos ajustes do volante e banco. Boa visibilidade e direção não excessivamente assistida.

Motor mais que suficiente

A resposta do motor a baixos regimes é mais que suficiente, nunca se notando que os 250 Nm sejam de alguma forma insuficientes para mover a Superb Break com agilidade.

A unidade que testei estava equipada com a suspensão DCC Plus e mostrou um controlo muito bom dos movimentos da carroçaria, em todos os modos de condução e mesmo em estradas de pior piso.

Qualidade subiu nesta nova geração

Melhorou a dinâmica, sem piorar o conforto, que já era muito bom na geração anterior. Exatamente o que se espera de um sistema de amortecedores adaptativos, que continua a ter 15 (!) níveis de ajuste manual, como noutros modelos do grupo.

Dinâmica competente

Claro que esta Superb Break 1.5 TSI MHEV está vocacionada para um uso familiar, com a caixa DGS7 a fazer um trabalho muito suave e rápido. Não se espere um desempenho entusiasmante numa estrada sinuosa, não é essa a prioridade. Neste teste não tive oportunidade de medir os consumos de forma consistente, isso vai ficar para um teste mais completo.

A ergonomia dos botões configuráveis da consola pareceu-me bem conseguida, sendo fáceis de usar. O mesmo se pode dizer de outras soluções práticas que a Skoda chama “simply clever” como o apoio de braços rebativel nos lugares da segunda fila, com suporte para tablet.

Conforto mantém-se muito bom

Quanto a preços da Superb Break, a versão 1.5 TSI PHEV custa 49 000 euros, o 2.0 TDI 150 cv custa 50 000 euros (48 800 na versão berlina), as versões de equipamento de topo Laurent & Klement custam mais 7 000 euros, no primeiro caso e mais 9 900 euros, no segundo. Todos estes preços são provisórios.

Conclusão

A versão carrinha do Superb garante 90% das vendas da gama no maior mercado da Skoda, a Alemanha, por isso a prioridade para o seu lançamento. Desde a primeira geração, lançada em 2008, a Superb Break já vendeu mais de 860 000 unidades, talvez porque não tem rivais diretos, na relação entre preço e habitabilidade. E, quanto a isso, nada vai mudar quando o modelo chegar a Portugal em Maio.

Francisco Mota

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