Polestar 3 já rolou em Goodwood

Estilo original mas nada exuberante no SUV 3

Primeira demonstração pública do SUV 3

Roadster 6 terá 884 cv

Interior do Polestar 6, o roadster 2+2 ainda em concept-car

Interior para quatro passageiros no 6

Tejadilho rígido escamoteável no 6

Polestar 5 é um GT de quatro portas ainda em desenvolvimento

5 saiu a público em Goodwood, mas ainda camuflado

O SUV 4 posiciona-se entre o 2 e o 3

Não há vidro traseiro, no SUV 4

Interior minimalista do SUV 4

Gama de 5 modelos é objetivo da Polestar

A dinâmica de crescimento da Polestar parece estar pronta para um arranque ao estilo dos mais potentes automóveis elétricos. A próxima grande novidade será o SUV 3, que se estreou a rolar numa demonstração no Goodwood Festival of Speed. Mas logo a seguir aparecem os 4, 5, 6 e não só. Fique a saber tudo em mais uma reportagem do TARGA 67, por Francisco Mota

 

Em apenas cinco anos de existência, a Polestar já vendeu 150 000 carros. Pode não parecer muito, mas a marca sueca do grupo chinês Geely nem sequer tem o volume como objetivo.

Posicionada como marca premium exclusivamente elétrica em todos os segmentos em que vai entrar, a Polestar tem o toque escandinavo no estilo e no ambiente interior dos seus carros como o maior fator diferenciador. Tudo feito com a abordagem discreta típica do design desta região do globo.

Uma gama a crescer

Depois de ter começado com o grande coupé híbrido 1 e de ter assente as suas vendas na berlina/crossover 2, ambos derivados em linha direta de projetos Volvo – marca da qual a Polestar foi durante anos o braço desportivo – a Polestar vai mudar de aspeto.

Gama de 5 modelos é objetivo da Polestar

Demarcar-se do estilo Volvo é o objetivo, mas sem entrar em soluções exuberantes. Como dizia o chefe de estilo da marca, “já há demasiado ruído no desenho de muitas marcas.” A Polestar quer ser discreta mas distintiva, mas talvez esteja a levar a primeira parte ao limite.

Demasiado discreta?

Colocar o símbolo da marca, em formato reduzido e dissimulado na cor da carroçaria, é exatamente o oposto do que todas as outras marcas estão a fazer, ou seja, aumentar o tamanho e a proeminência dos seus emblemas na frente dos carros. Na Polestar, dizem que não precisam disso “que o seu design deve falar pela marca”. No mínimo arriscado, digo eu.

Identidade da marca não está na grelha

A outra estratégia diferente é o “batismo” dos seus modelos. A Polestar não estabelece designações para cada modelo de acordo com o segmento, ao contrário da BMW, com as suas Séries a crescer do modelo mais pequeno ao maior e depois a evoluírem em sucessivas gerações, sem mudar os nomes. Muito lógico.

Nomes como no iPhone

Na Polestar, a história começou no 1 e cada modelo, independentemente do seu posicionamento na gama, recebe o próximo algarismo, de acordo com a altura em que for lançado. A ideia é seguir o que se faz no iPhone. Veremos se não gera confusão.

Bilhete de identidade está nas portas da frente

O fato que ter como objetivo uma gama de cinco modelos, talvez facilite o entendimento dos que já existem e dos que estão para vir. O 1, foi o coupé híbrido de grandes dimensões e feito em números limitados. O 2 é a berlina/crossover, rival do BMW i4 e Tesla Model 3.

3 é o próximo

O 3, que se estreou a andar em público no Festival of Speed de Goodwood, é um SUV de grandes proporções, que partilha a plataforma com o novo Volvo EX90 e tem 4,90 metros de comprimento, anunciando uma potência de 517 cv.

Polestar 3 já rolou em Goodwood

A sua produção começa no segundo trimestre de 2024, na China, mas também será fabricado nos EUA. As primeiras entregas estão previstas para o segundo trimestre do próximo ano e as encomendas já abriram no site da marca com preços a partir dos 94 900 euros.

Depois chega o 4 SUV

O 4 será um SUV Coupé posicionado entre o 2 e o 3 (4,839 metros) em termos de tamanho e de preço. Tem a particularidade da ausência de vidro traseiro, substituído por uma câmara de vídeo.

O SUV 4 posiciona-se entre o 2 e o 3

É feito com base na mesma plataforma SEA (Sustainable Experience Architecture) e terá 544 cv na versão mais potente. As vendas começam em 2023, na China e em 2024, na Europa.

O 5 já andou

O 5 é um grande GT de quatro portas, um topo de gama que também se estreou a rolar em Goodwood, mas ainda com a carroçaria camuflada.

Polestar 5 é um GT de quatro portas ainda em desenvolvimento

A potência anunciada é de 884 cv e trata-se do primeiro modelo da marca a ser desenvolvido no Reino Unido. Será um rival dos Porsche Taycan e Tesla Model S. Lançamento em 2024.

Um roadster 2+2

Finalmente, o 6 será a concretização do concept-car Roadster, já apresentado e que esteve exposto também em Goodwood.

Roadster 6 terá 884 cv

Um modelo que só se espera para 2026 e que terá um habitáculo 2+2 com um tejadilho rígido que desliza para trás. Potência máxima de 884 cv, a mesma do 5, com o qual partilha a plataforma e motores.

2 com restyling

Para data a confirmar está previsto um importante “restyling” do atual 2. A versão base passou de tração à frente para tração atrás e estará à venda a seguir ao Verão de 2023, mas ainda com o estilo atual.

Polestar 2 MY24

O mercado parece estar a receber bem a Polestar, com uma subida de 23% no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2022, ano em que a marca fechou as contas com 51 500 unidades entregues em 27 mercados.

Conclusão

O crescimento da Polestar, tanto em termos de imagem como de oferta é um momento fundamental para a marca 100% elétrica do grupo Geely. Apesar de os seus responsáveis dizerem que têm grande liberdade para definirem os seus produtos a partir da Suécia, a verdade é que marcas do mesmo grupo a atuar na Europa, como a Volvo, Lotus e em breve a Zeekr, têm objetivos que não são muito diferentes. A competição interna vai ser feroz, já para não falar da que está a chegar de outros grupos industriais chineses.

Francisco Mota

ler também seguindo o link:

Primeiro Teste – Renault Clio E-Tech: Restyling na altura certa