É já uma tradição do júri do Car Of The Year, o evento de dois dias em que são feitos os últimos testes dos sete carros finalistas de cada ano, realizados no complexo de testes CERAM, perto de Paris. À disposição dos jornalistas especializados que compõem o júri, estiveram ontem e hoje a maioria das versões e motorizações dos sete modelos que foram eleitos para a lista dos sete finalistas. Por ordem alfabética, os finalistas deste ano são o Alpine A110, Citroën C5 Aircross, Ford Focus, Jaguar I-Pace, Kia Ceed, Mercedes-Benz Classe A e Peugeot 508.
Muitas versões à escolha
Todos os modelos que têm na sua gama mais do que uma variante de carroçaria estavam disponíveis para ensaiar, a começar pelo compacto de cinco porta e pela carrinha, no Ford Focus, bem como a versão Active, que fazia a sua estreia. Também a Kia tinha disponíveis o compacto de cinco portas, a carrinha e a nova “shooting brake” Proceed, bem como duas surpresas ainda em estado de protótipo e totalmente camuflados. Finalmente, a Peugeot levou ao circuito de Mortefontaine a berlina e a carrinha do 508.
Dois dias de teste
Durante dois dias, os jurados puderam assim tirar algumas dúvidas que ainda pudessem ter, em relação a estes sete finalistas, que já tinham ensaiado ao longo do ano.
O palco foi uma pista no centro de testes, que reproduz uma estrada secundária francesa, com duas faixas relativamente estreita. O propósito deste teste é conduzir os carros como se faria numa estrada pública, com a vantagem de, neste caso, nunca vir ninguém em sentido contrário, nem haver radares escondidos atrás das árvores. Mas também não existem escapatórias, por isso conduzir com moderação é aconselhado…
A história do Car Of The Year
O Car Of The Year é o prémio mais antigo da indústria automóvel, tendo nascido em 1964 através de uma iniciativa editorial lançada por sete revistas dos sete maiores mercados da Europa. O prémio foi sendo sucessivamente alargado a mais países, incluindo hoje 23 países europeus, entre os quais Portugal, que é representado por dois jurados, um dos quais tenho a grande honra de ser eu próprio.
As contas são fáceis de fazer, o difícil é fazer a distribuição dos pontos num ano em que os finalistas parecem tão equilibrados
A votação deste ano vai ser particularmente incerta no resultado. Cada membro do júri tem 25 pontos para distribuir por, pelo menos, cinco carros, tendo que pontuar um mais do que os outros e não podendo dar mais de dez pontos a nenhum. As contas são fáceis de fazer, o difícil é fazer a distribuição dos pontos num ano em que os finalistas parecem tão equilibrados.
Conclusão
Depois dos últimos testes dos finalistas, o júri entra em período de reflexão até exercer o seu dever de voto e depois o assunto fica entregue à matemática.
O vencedor é imprevisível, mas qual seria a sua opinião se fizesse parte do júri? Ganharia um desportivo, um familiar, um SUV ou um elétrico?… Qual seria o seu preferido para ganhar o Car Of The Year de 2019?
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