Seguindo a estratégia da VW, a Hyundai lança a sua família de elétricos, com o nome Ioniq a passar a ser o exclusivo destes modelos. O Ioniq 5 estreia a plataforma E-GMP que traz algumas inovações interessantes.
Na “perseguição” que faz à Volkswagen, a Hyundai não podia deixar de seguir as pisadas dos alemães no que à eletrificação diz respeito e pôs em marcha um programa semelhante ao ID da VW.
A partir de agora, a sub-marca Ioniq vai ser a família de veículos exclusivamante elétricos do gigante Sul-Coreano, começando já a meio de 2021 com o lançamento do Ioniq 5.
Tal como a VW, também a Hyundai escolheu um hatchback compacto de cinco portas para iniciar esta aventura, um rival direto do ID.3 mas com algumas diferenças.
O estilo, desenvolvido sob a responsabilidade de SangYup Lee, o vice presidente sénior da Hyundai para o design, dá prioridade às proporções e às formas simples, sendo um derivado do “concept-car” 45 EV que a Hyundai mostrou há um ano.
Não é um SUV, é um CUV
A marca diz que se trata de um SUV coupé, ou um CUV, mas o perfil é mais próximo ao de um hatchback normal, um pouco mais alto. E continua a insistir que há influências do primeiro Hyundai Pony, lançado em 1975, o modelo de estreia da marca, feito com base em mecânica Mitsubishi. Mas não são semelhanças óbvias. O que nem sequer é um problema.
O primeiro Pony foi feito por alguns dos engenheiros do projeto Morris Marina, com semelhanças na estrutura, mas usando motores e transmissões da Mitsubishi, atingindo assim outros níveis de fiabilidade.
No habitáculo, o Ioniq 5 tem um piso plano e uma consola que desliza 140 mm na longitudinal, para servir as duas filas de bancos. Tem também dois monitores de 12”, um para o painel de instrumentos e outro para o sistema de infotainment, além de um Head Up Display com realidade aumentada.
Nova plataforma E-GMP
O interior promete amplo espaço, com os bancos a terem uma estrutura mais fina que o habitual e a serem forrados a pele sintética, dita ecológica. Alguns materiais do habitáculo são produzidos com matéria reciclada ou sustentável.
A plataforma E-GMP (Electric-Global Modular Platform) tem a particularidade de uma distância entre-eixos longa de 3,0 metros (o ID.3 fica-se pelos 2,75 metros) e um comprimento de 4,6 metros, mais próximo de um Skoda Enyaq.
A grande distância entre-eixos abre a possibilidade à colocação de baterias de maior dimensão. Para começar, o Ioniq 5 estará disponível com duas, uma de 58 kWh e outra de 72,6 kWh. Ambas a funcionar a 400 V e 800 V.
Estas duas baterias podem ser combinadas com um motor elétrico no eixo traseiro e tração atrás; ou com um motor em cada aixo e tração às quatro rodas.
Dos 170 aos 306 cv
Na versão mais simples, a potência é de 170 cv e o binário de 350 Nm, anunciando uma aceleração 0-100 km/h de 8,5 segundos.
A versão mais potente, com tração às quatro rodas e a bateria maior, tem 306 cv e 605 Nm, acelerando dos 0 aos 100 km/h em 5,2 segundos.
Quanto a autonomia, para já a Hyundai apenas revela a autonomia máxima que é de 470 a 480 km, na versão com um motor e a bateria maior, que tem 218 cv e 350 Nm, fazendo os 0-100 km/h em 7,4 segundos.
Todas as versões têm 185 km/h de velocidade máxima e os tempos de recarga são anunciados apenas para supercarregadores de 350 kW: de 10% a 80% em 18 minutos e cinco minutos para armazenar energia suficiente para percorrer 100 km.
A bateria tem a curiosidade de uma tomada exterior e outra interior, que servem para carregar bicicletas ou trotinetes elétricas, bem como alimentar material de campismo com uma potência máxima de 3,6 kW.
Conclusão
O Ioniq 5 estará à venda durante o primeiro semestre de 2021 por preços ainda não anunciados, mas que não devem andar muito longe dos praticados pela VW com a sua gama ID.3, tendo em conta o posicionamento do modelo.
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