Conetividade passou a ser uma palavra muito usada pelas marcas de carros. Mas sabe (mesmo) do que se trata? Conheça o exemplo da Renault e perceba todas as possibilidades.

 

A par das ajudas eletrónicas à condução, a conetividade tem tomado uma importância cada vez maior na oferta de equipamentos dos novos modelos e na comunicação das marcas com os seus clientes.

É um sinal de que a indústria automóvel está a acompanhar as tendências da sociedade. As pessoas estão cada vez mais interessadas em manter-se ligadas à Internet o maior tempo possível, mesmo quando estão a conduzir.

A ideia de manter a ligação através dos sistemas de infotainment do automóvel é muito interessante, tanto do ponto de vista da facilidade de utilização, como da segurança.

A Renault é uma das marcas que tem um longo trabalho nesta área, desenvolvendo sucessivos sistemas de interface entre o carro e o condutor, que abriram caminho para o mais recente Easy Link, a última geração de monitores táteis da marca.

Por isso, o novo Clio é um bom exemplo, para ajudar a perceber como funciona a conetividade e como é apresentada ao condutor.

Conetividade é essencial

Para facilitar a passagem da mensagem, os construtores tendem a criar sub-marcas para definir as funções de conetividade dos seus automóveis.

No caso da Renault, todos os elementos relativos à conetividade estão organizados naquilo a que a marca chama o ecossistema Easy Connect, que integra uma aplicação para smartphone e um site dedicado.

Isto permite ao condutor controlar à distância alguns dos sistemas do seu carro e pertencer a uma comunidade de proprietários de carros semelhantes ao seu.

Voltando ao monitor tátil, que a Renault chama Easy Link, a premissa básica é a capacidade de ligação ao smartphone do utilizador, nomeadamente através dos protocolos Android Auto e Apple Carplay, que fazem o “espelho” do smartphone.

Ou seja, disponibilizam algumas das suas funções através do monitor tátil do carro, evitando assim que o condutor tenha a tentação de pegar no seu aparelho.

Vários tamanhos

É usual que as marcas disponibilizem vários tamanhos e crescentes níveis de funcionalidades para o monitor tátil central, com diferentes níveis de preço.

No exemplo do novo Renault Clio, há uma versão mais pequena de sete polegadas e outra maior, de 9,3 polegadas, com ou sem navegação integrada.

Para garantir a fácil adaptação do condutor, a interação com o monitor tátil é inspirada na manipulação de um smartphone, com o mesmo tipo de gestos.

O condutor pode até personalizar alguns dos menus, colocando “widgets” à sua escolha, para aceder mais depressa às funções mais utilizadas.

Quatro áreas fundamentais

De uma forma geral, um sistema deste tipo articula-se segundo quatro áreas fundamentais.
A primeira, é a ligação permanente 4G, que permite integrar diretamente serviços como a chamada automática de emergência, em caso de acidente.

A segunda, são as atualizações automáticas, entre as quais as dos mapas do sistema de navegação.

A associação aos especialistas da Tom Tom, permite ao sistema de navegação do novo Clio trabalhar sempre com a mais recente versão dos mapas digitais.

Um argumento importante, para evitar os irritantes enganos de percursos e as dúvidas, quando chega aquela rotunda que não está cartografada.

Além disso, fornece informações de trânsito em tempo real, para o condutor poder evitar vias congestionadas e mesmo alertas de acidentes ou de zonas perigosas.

Uma outra associação, neste caso com a Google, permite já aceder à pesquisa de moradas, no sistema de navegação.

A terceira é uma das mais difíceis e consiste na organização e apresentação da informação.

Tudo mais fácil

Alguns sistemas mais simples acabam por ser frustrantes para os condutores com menos paciência, que não os usam em toda a sua capacidade.

Para evitar isso, a Renault tentou fazer um interface o mais intuitivo possível.

Por exemplo, a pesquisa de moradas faz-se numa só linha, como num smartphone.

links diretos, sempre visíveis, para navegar entre as principais funções e atalhos.

A visualização dos mapas em efeito 3D é uma das características preferidas de muitos condutores, e que contribui para a mais fácil compreensão da imagem da navegação.

Tudo isto só é possível através de parceiras com especialistas externos, como a Google, Tom Tom e Coyote.

As marcas de automóveis, há muito perceberam que nada têm a ganhar em tentar fazer tudo sozinhas.

Aplicações dedicadas

Outra área que toma cada vez mais importância na conetividade é a das aplicações para smartphone, que permitem ao condutor manter uma ligação remota com o seu automóvel.

No caso do novo Clio, a App “My Renault” disponibiliza funções como a possibilidade de trancar as portas à distância, acionar a buzina ou ligar as luzes.

Manobras que podem ser feitas para garantir a segurança do veículo, ou facilitar a sua localização, num parque de estacionamento de grandes dimensões.

Uma das funções mais interessantes é a navegação mista. Ou seja, é possível definir um destino e um trajeto de navegação, cumpri-lo na parte em que é possível ser feito de carro e depois, continuar a navegação a pé ou utilizando transportes de “última milha”, como as trotinetes elétricas, seguindo as indicações no smartphone.

No regresso, pode fazer-se o oposto, começando com a navegação a pé, que levará o condutor até ao local onde deixou o seu Clio estacionado, evitando assim ter que andar à procura, quando surge aquela dúvida: “mas onde deixei o carro estacionado?…”

Manutenção à distância

Outra das funções da App é a gestão da manutenção do carro, através da consulta dos intervalos entre revisões e do acompanhamento do estado do automóvel.

É possível usar lembretes, para não esquecer de marcar a próxima ida à oficina e, em alguns países, é mesmo possível fazer a marcação da próxima revisão através da aplicação.

Várias marcas têm já sites dedicados a estas questões, que permitem aceder a bibliotecas de aplicações mais específicas. Há também ajuda, através de tutoriais e resposta a perguntas frequentes.

Conclusão

A conetividade é, cada vez mais, uma exigência dos utilizadores de automóveis, cabe às marcas criar as ferramentas necessárias para que a passagem da ligação através do smartphone, para a ligação através do automóvel seja o mais fácil possível.

A verdade é que há muito a ganhar com este desenvolvimento, não só em termos de comodidade e conforto, como de segurança ao volante. Um sistema a bordo eficiente, dá ao condutor a possibilidade de desviar os olhos da estrada o mínimo de tempo possível.

Clicar nas setas para percorrer a galeria de imagens

Ler também, seguindo este link:

Modos de condução: para que servem e como funcionam