Estava prometido: a Toyota revelou a nova geração Aygo, que acrescenta o nome Cross e mostra que os citadinos a gasolina não morreram. Saiba como a Toyota os salvou.
Vários construtores saíram ou vão sair do segmento dos citadinos puros, por uma razão simples: não são rentáveis. O pequeno lucro que dão, não dá para o trabalho de os projetar e construir.
Na Toyota, não se pensa assim. Há futuro para os citadinos, pequenos, atrativos e acessíveis. E com motor a gasolina.
Desde 2005 que o Aygo tem conseguido estabelecer o seu lugar na oferta de citadinos na Europa. Construído na fábrica Checa de Kolin, o Aygo foi o resultado de uma joint-venture com a PSA.
Os trigémios Toyota Aygo, Citroën C1 e Peugeot 108 tiveram percursos diferentes até a que a PSA se desinteressou do negócio e vendeu a sua parte da fábrica à Toyota.
Fábrica ganha nova vida
Os japoneses não perderam tempo, reestruturaram a linha de produção de Kolin e adaptaram-na para a produção da nova geração do Yaris, que assim passou a ser feito em duas fábricas da Europa.
Mas faltava a última peça do puzzle para o quadro ficar completo. O novo Aygo, que agora se vai chamar Aygo Cross, completa o plano industrial, ao ser concebido numa versão encurtada da plataforma GA-B que serve o Yaris.
É dos livros que, fazer um carro pequeno a partir de uma plataforma maior, não costuma dar grandes resultados e os exemplos são muitos. Mas a Toyota não tem tradição de entrar em aventuras, por isso as contas de certeza que foram bem feitas.
“Concept-car” muito realista
Para já, a marca mostrou o Aygo X Prologue, mais um “concept-car” que estava programado para o salão de Genebra de 2021 que nunca se realizou devido à pandemia. Mas a Toyota tinha que o mostrar agora.
Sem dar muita informação técnica, apenas garante que o modelo vai ter um motor a gasolina, para se manter competitivo. Não há muitas dúvidas que será o 1.0 VVT-i atmosférico de três cilindros de 72 cv.
O que realmente muda é o estilo, inspirado no Yaris mas ainda mais ousado, com um ar de crossover que lhe é dado pelas rodas maiores.
Visual crossover
Com rodas maiores, a altura ao solo sobe, a posição de condução também e com ela a visibilidade no trânsito citadino. Tudo aquilo que os condutores do anterior Aygo pediam.
“Proteções” de carroçaria ao melhor estilo “off road”, novas e vivas combinações de cores, desenhos de jantes mais vistosos, tudo isso é anunciado no “concept-car e vai passar à produção.
Mas a câmara estilo “Go-Pro” nos retrovisores exteriores deverá ficar pelo “show car”. O novo suporte para bicicletas e as barras de tejadilho mais versáteis têm uma boa hipótese de chegar à lista de opcionais.
O Aygo X Prologue, que terá o nome final Aygo Cross mostra como a Toyota quer salvar o segmento “A” dos citadinos: usando uma plataforma do segmento acima e beneficiando das economias de escala.
Não é nada de muito novo, mas é uma fórmula que tem tudo para funcionar, sobretudo quando se ouve a estimativa de meio milhão de veículos a produzir por ano sobre a GA-B. O Yaris Cross também está envolvido.
Conclusão
Feito na Europa, para a Europa, o Aygo Cross foi desenhado no estúdio ED2 da Toyota, em Nice e quer mostrar que ainda existe mercado para um pequeno citadino, de aspeto moderno e seguindo as tendências de estilo atuais.
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