DS4

A DS assume o seu posicionamento “premium” e apresenta um familar compacto para rivalizar com o Classe A, A3 e Série 1. O resultado é um carro “à francesa”, no estilo e não só.

 

Até aqui virada sobretudo para os SUV, A DS Automobiles apresentou a sua primeira berlina compacta, desde que se emancipou como marca independente. O DS4 herda um nome já usado no passado, mas sem nenhuma ligação em termos de produto.

O novo DS4 posiciona-se como rival direto dos modelos premium compactos do segmento “C”, como o Audi A3, BMW Série 1 e o líder de mercado Mercedes-Benz Classe A.

Mas a DS quer mais e, além da versão normal do DS4, propõe também o DS4 Cross, com acabamentos exteriores que o fazem passar por um crossover, incluindo até o conhecido controlo de tração regulável da PSA, que aqui recebe o nome de Advanced Traction Control, com modos para condução em areia, neve e lama. A tração à apenas às rodas da frente.

A terceira versão é o DS4 Performance Line, com um Pack Black que substitui grande parte dos cromados por acabamentos preto piano, incluindo as jantes, que chegam ao máximo de 20” mas com uma largura mais pequena que o habitual, para não prejudicar a aerodinâmica.

Estilo “à francesa”

O desenho é inspirado no “concept-car” Aero Sport Lounge e destaca-se por uma silhueta de capót longo, típica dos modelos premium. O tejadilho é baixo (1,47 m de altura total) e prolonga-se para a traseira numa silhueta que faz lembrar as “shooting brakes”.

Quanto aos detalhes, permanece a grelha conhecida dos outros modelos da marca, com faróis de três elementos, um deles rotativo e iluminação por matriz de LED. Mas a maior originalidade são as luzes de dia em forma de “L”, compostas por um total de 98 LED.

O interior leva um passo mais à frente o estilo assumidamente francês já visto nos modelos anteriores, aqui com algumas novidades como a estrutura do tablier a fazer lembrar um sabre.

A marca afirma que 30% do peso do carro é constituído por materiais reciclados ou renováveis. Mas isso não interfere num ambiente que a marca reclama ser de alta qualidade, tanto na montagem como nos materiais.

Outra novidade é o ecrá central tátil que pode ser comandado através de um “touchpad” colocado mais em baixo, logo à frente da minúscula alavanca da caixa, já vista no novo C4. As grelhas da climatização estão dissimuladas.

Mais digitalização e ajudas

Nas ajudas à condução, a DS propõe o sistema “night vision” e um “head up display” com uma projeção próxima à da realidade aumentada.

O DS4 estreia uma nova versão da plataforma EMP2, que a marca indica ter 70% de componentes novos ou modificados, incluindo introdução de materiais compósitos e estampagem a quente de alguns paineis. O escape, módulo de A/C e braços da suspensão da frente também são mais leves, contribuindo para uma redução de peso que não foi quantificada.

O DS4 tem disponível a suspensão de amortecimento regulável através do “scan” da estrada, já conhecida na marca. As ajudas à condução estão incluídas no Drive Assist 2.0 que acrescenta a ultrapassagem semi-automática e a regulação de velocidade em curva. A direção foi revista.

Motores conhecidos

Quanto a motores, a DS Automobiles destaca a versão E-Tense, que utiliza o sistema híbrido “plug-in” de 225 cv e tração à frente conhecido de vários modelos da PSA, que anuncia mais de 50 km de autonomia em modo elétrico.

Claro que vão estar também disponíveis versões PureTech a gasolina (1.2 de 130 cv e 1.6 de 180 cv) bem como um Diesel BlueHDI de 130 cv. O lançamento no mercado está previso para o último trimestre de 2021.

Conclusão

Com o novo DS4, a marca premium do grupo PSA parte assim para a “prova dos nove” ao confrontar-se diretamente com os modelos mais vendidos das rivais alemãs, que dominam este sub-segmento há muito tempo. O desafio vai ser, no mínimo, interessante de seguir.

Francisco Mota

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