Os incentivos para as empresas são tantos que a compra de um carro de serviço “plug-in” é quase obrigatória. Mas o novo Kia XCeed PHEV também quer cativar os compradores particulares. Saiba como.

 

Basta fazer as contas. Os incentivos às empresas na compra de um carro híbrido “plug-in” são tantos que não haverá muitos contabilistas com coragem para não aconselharem a sua compra.

É por isso que a oferta deste tipo de motorizações, os chamados PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle) tem vindo a aumentar, muitos com versões especificamente configuradas para empresas, de modo a baixar o preço ainda mais.

Juntar um PHEV a um SUV, ou a um crossover como é o caso do XCeed, é o passo lógico, pois junta duas das tendências mais fortes do mercado atual.

Lançado no ano passado, o XCeed posiciona-se como a versão crossover do Ceed, ou seja, um familiar compacto com silhueta de SUV coupé. E como todos os Kia mais recentes, acerta no equilíbrio entre o formato e a elegância do estilo.

Mas dos méritos do XCeed já aqui falei no Targa 67, quando guiei as primeiras versões. Agora interessa falar dos detalhes deste PHEV, que usa o motor 1.6 T-GDI, um bloco de quatro cilindros a gasolina, turbocomprimido de 105 cv.

A estrutura híbrida “plug-in”

A Kia juntou-lhe um motor/gerador elétrico de 44,5 kW (61 cv) e chegou a uma potência máxima combinada de 141 cv, para um binário máximo de 265 Nm.

A aceleração 0-100 km/h está anunciada em 11,0 segundos, efeito dos 1596 kg totais. A velocidade máxima é de 188 km/h, em modo 100% elétrico é de 120 km/h.

Esta versão PHEV mantém a suspensão traseira independente e usa uma caixa de dupla embraiagem com seis relações.

A bateria está colocada sob o banco traseiro e sob parte da mala, que perde apenas 12 litros de capacidade.

Esta unidade de iões de lítio tem 8,9 kWh, o que dá ao XCeed PHEV uma autonomia de 59 km em modo 100% elétrico, em cidade e de 48 km, em circuito misto.

Consumos baixos

O sistema híbrido acrescenta cerca de 150 kg ao XCeed 1.6 T-GDI, mas permite consumos muito mais baixos, em modo híbrido com a bateria carregada.

A marca anuncia 1,4 l/100 km em modo híbrido com a bateria completa. Em modo 100% elétrico o consumo de energia é de 12,3 kWh/100 km.

Quando se gasta a eletricidade da bateria, os consumos de gasolina sobem mas não em exagero, pois o Xceed continua a funcionar como um “full hybrid”. A Kia fala em algo na casa dos cinco litros aos cem quilómetros. O condutor pode optar por guiar em modo elétrico ou híbrido.

Há também um botão para colocar a climatização em modo “driver only”, ou seja, só dirige fluxo de ar para o lugar do condutor, reduzindo o consumo de energia a bordo.

Recarga entre 3 e 5 horas

Quanto aos tempos de recarga, a Kia anuncia 5h00, num tomada doméstica e 3h00, num posto de carga normal público. E oferece de série os dois cabos necessários, o que nem sempre acontece, mesmo em modelos bem mais caros.

Quem o vir na rua, vai perceber que é a versão PHEV se olhar para a grelha fechada, para o desenho das jantes ou para alguns detalhes de decoração e siglas identificativas.

Por dentro, pouco muda, a não ser as indicações do sistema híbrido no monitor central tátil de 10,25”: carga da bateria, autonomia e fluxo instantâneo de energia.

First Edition

Para a fase de lançamento, vai existir uma versão especial, limitada a 100 unidades, a “First Edition” com uma favorável relação preço/equipamento e um preço 8500 euros abaixo do valor de tabela, chegando assim ao mercado por 34 490 euros. Para as empresas, o preço, sem IVA, é de 27 490 euros.

Conclusão

O lançamento deste XCeed PHEV insere-se num programa de eletrificação da Kia que prevê a chegada ao mercado, até 2029, de sete plataformas eletrificadas. Nessa altura, a previsão é que 25% da produção mundial seja de versões eletrificadas. Em 2025, a Kia espera que 30% das suas vendas na Europa sejam de versões eletrificadas.

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