Volvo Cars S90 Plug-In Hybrid

A Volvo tem um plano para atingir a neutralidade de CO2 em 2040. Mas nem tudo passa pelos automóveis elétricos. Saiba como a marca pretende atingir este objetivo.

 

A pressão sobre a indústria automóvel para reduzir a sua “pegada” no que respeita às emissões poluentes e, em particular, na libertação de CO2, tem levado as marcas a desenvolver planos de ação bem concretos.

O aumento da produção de veículos elétricos está sempre na linha da frente destes planos, mas a verdade é que não é o passo que vai trazer mais resultados a curto prazo.

A opinião da Volvo é de que “os elétricos não chegam” para reduzir as emissões de CO2, pela razão de que ainda não conseguem atingir um número suficientemente alto de consumidores.

Os preços mais elevados e as limitações de utilização, para alguns condutores, nomeadamente a autonomia e o acesso a postos de recarga, ainda não permitem aos elétricos satisfazer as necessidades de todos os compradores.

O papel dos híbridos “plug-in”

É precisamente neste ponto que entram em cena os híbridos “plug-in”, exatamente por permitirem uma autonomia combinada mais alta e não dependerem exclusivamente da recarga exterior da bateria para puderem ser utilizados sem restrições.

No plano da Volvo, está previsto o lançamento de um novo modelo eletrificado, por ano, nos próximos cinco anos, de forma a tornar todas as gamas da marca eletrificadas.

Mas o plano não se fica pelos automóveis, a Volvo compromete-se a usar, nas suas fábricas, energia elétrica exclusivamente produzida a partir de fontes renováveis, uma meta traçada já para o ano de 2025.

A utilização de materiais mais sustentáveis e a redução da emissão de CO2 em todas as fases da produção dos automóveis, vão permitir à Volvo atingir a meta de ser uma empresa neutra em termos de emissões de CO2 até 2040. Alinhando-a assim com o acordo climático de Paris redigido em 2015.

Este acordo, é bom recordar, prevê uma série de medidas para limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius, até 2050.

O plano da Volvo

Para lá chegar, o plano tem várias fases, a primeira começa com uma redução em 40% das emissões médias de CO2 dos seus modelos, entre 2018 e 2025. No final deste período, toda a rede de fábricas da Volvo será neutra, em termos de emissões de CO2.

Além da redução de CO2 na produção, será necessário trabalhar em conjunto com os fornecedores para garantir que os componentes enviados para a linha de produção também têm uma pegada de CO2 neutra.

A energia utilizada no processo de produção terá também de ser “limpa”, ou seja, oriunda de fontes renováveis. E no final é preciso garantir que as fases de reutilização e reciclagem cumpram os mesmos requisitos de neutralidade carbónica.

Metas concretas

Quanto aos modelos a vender, a Volvo já anunciou o seu objetivo de chegar a 2025 com as suas vendas globais a depender 50% de versões 100% elétricas.

Esta meta vai proporcionar uma descida das emissões médias da totalidade da gama de modelos da marca também em 50%.

Quanto aos fornecedores, estão a ser feitas negociações para uma redução de 25% nas emissões de CO2 relativas à rede global de empresas fornecedoras das fábricas Volvo.

Também nos materiais utilizados para a construção dos vários modelos está prevista uma redução de CO2, por exemplo através da utilização de 25% de plásticos reciclados nos novos Volvo, até 2025.

Para a mesma data, está prevista uma redução de 25% nas emissões de CO2 relativas à operação global da marca, incluíndo a fabricação e a logística.

O que são os Recharge

A Volvo foi o primeiro grande construtor a comprometer-se com a eletrificação total dos seus vários modelos, anunciando o fim de motorizações que usem exclusivamente motores de combustão interna. Todos vão passar a ser ou 100% elétricos ou híbridos.

A partir deste ano, todos os novos modelos lançados vão ser electrificados, tendo o processo começado com o XC40 Recharge, o primeiro veículo 100% elétrico da marca.

A gama Recharge começou com o XC40, mas esse será o nome utilizado para todos os futuros modelos da Volvo com bateria recarregável exteriomente, sejam 100% elétricos, ou “plug-in”.

Para a linha de modelos Recharge, existem várias medidas de incentivo à utilização o mais frequente possível do modo de condução elétrico, que na Volvo se chama “Pure”. Um deles é a já anunciada oferta do primeiro ano de energia gratuita.

Para mais detalhes, seguir este link:

Volvo paga um ano de energia a quem comprar um “plug-in”

Mas para que não fiquem dúvidas, a Volvo vai começar a divulgar a pegada de carbono do ciclo médio de vida para cada um dos seus novos modelos.

Uma inovadora medida de transparência que vai permitir ao consumidor saber exatamente qual é a pegada de CO2 de cada modelo, ao longo de todo o ciclo de vida do automóvel.

Conclusão

O plano da Volvo é muito ambicioso, mas coerente com as metas que a empresa traçou para o seu negócio nos próximos anos.

A electrificação não passa apenas pelo lançamento de carros elétricos. Passa também pelos híbridos “plug-in” e, sobretudo, por um conjunto de medidas que garantam a neutralidade de emissões de carbono durante todo o ciclo de vida de um automóvel.

Começa nos fornecedores externos, passa pela produção, pela utilização dos automóveis e depois pela reutilização e reciclagem, nomeadamente das baterias. Um trabalho que exige cuidado, para não esquecer nenhuma fase.

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