Skoda Superb break PHEV 1.4 TSI Sportline iV

Grelha dianteira quase toda fechada

Nível de equipamento Sportline iV

A Superb break tem 4,862 metros de comprimento

Pneus 235/45 R18 não prejudicam o conforto

iV é a sub-marca para os modelos eletrificados da Skoda

A capacidade da mala é de 510 litros, menos 150 que na versão Diesel

"Magic black" a cor opcional que faz "desaparecer" as designações

Materiais de boa qualidade

Ecrã tátil central fácil de usar

Caixa DSG de dupla embraiagem

Modos de condução à escolha

Painel de instrumentos digital

Muito boa posição de condução

A maior carrinha Skoda recebe o conhecido sistema híbrido “plug-in” do grupo VW para baixar consumos sem precisar do Diesel. Mas isso é quase um detalhe, face aos méritos da Superb break, talvez a melhor carrinha do mundo.

 

Na Skoda, a sub-marca “iV” identifica os seus modelos eletrificados, a começar pelos híbridos “plug-in” que já chegaram ao maior modelo da marca da República Checa, o Superb. Os Diesel não desapareceram do catálogo, pois ainda têm procura para quem faz muitos quilómetros por dia, sobretudo em autoestrada.

Mas os “plug-in” são incontornáveis, pelas razões fiscais que incentivam a sua compra um pouco por toda a Europa. Há até quem defenda que são pedagógicos, pois “ensinam” os condutores a conviver com um carro elétrico, preparando-os para os 100% elétricos.

Mas também mostram que a rede pública de carregadores é insuficiente. A questão ainda é esta: quem tiver acesso diário e sem restrições a um ponto de carga, tem a vida facilitada. Quem depender da rede de postos públicos, tem que ter muita paciência…

Uma super-carrinha

Neste caso, a Superb Break iV PHEV tem uma bateria de 10,4 kWh úteis o que permite à Skoda anunciar uma autonomia de 55 km, em modo 100% elétrico e em circuito urbano. Já veremos se isto se confirma.

Seja qual for o motor, a Superb break é provavelmente a melhor carrinha do mercado, quando se juntam todos os fatores. A começar pelo estilo, que tem personalidade, mas não entra em exageros e mantém uma elegância que nem sempre é fácil de atingir quando se tem 4,8 m.

As dimensões exteriores têm correspondência no interior, tanto no imenso espaço para passageiros – especialmente os da segunda fila que quase podem viajar com as pernas esticadas – como no volume da mala que, nesta versão PHEV, chega aos 510 litros, menos 150 litros que as versões não híbridas, devido à presença da bateria.

Muito confortável

A qualidade dos materiais do habitáculo dos Skoda há muito deixou de ser tema de conversa, o mesmo é dizer que estão na média ou acima, como é o caso da Superb Break. E depois vem a experiência de condução.

A posição de condução é muito boa, com a ergonomia certa entre o volante, banco, pedais e comandos secundários. A visibilidade é fácil e a câmara traseira opcional faz o resto.

O conforto começa no banco, mas é a suspensão que faz um trabalho excelente, quando o piso piora. Os pneus 235/45 R18 não são obstáculo a uma total serenidade a bordo, mais própria de carros bem mais caros.

Dinâmica tranquila

O comportamento dinâmico está focado no conforto, não incita o condutor a explorar os 218 cv combinados até ao máximo, nem aproveitar todos os semáforos para confirmar os 0-100 km/h de 7,7s. Tem um temperamento seguro e previsível, oferece tranquilidade, não excitação ao volante. Mas os 1752 kg (mais 141 kg que a 2.0 TDI) estão sempre sob controlo.

A calibração da direção vai no mesmo sentido de exigir ao condutor o mínimo esforço possível, mais ainda com a caixa de dupla embraiagem que tem um desempenho sem falhas, mesmo nas manobras e no para-arranca.

“Plug-in” assenta na perfeição

Por tudo isto, a mecânica híbrida “plug-in” – que usa um motor 1.4 TSI turbocomprimido a gasolina de 156 cv acoplado a um motor/gerador elétrico de 116 cv – é a melhor parceira para a Superb.

Arranque sempre em modo elétrico, super-suave e muito silencioso, a entrada em ação do motor a gasolina acontece de maneira quase impercetível, quando se usa o modo Hybrid.

Como em todos os “plug-in”, neste modo a prioridade vai para a propulsão elétrica, só chama o motor a gasolina quando a sua utilização seja mais eficiente, por exemplo em subidas acentuadas.

Por isso, o consumo neste modo depende do tipo de estrada e de condução. Consegui uma média de 3,1 l/100 km, mas este número é pouco representativo.

Que autonomia em modo EV?

Voltando ao modo 100% elétrico, o consumo de eletricidade indicado pelo computador de bordo foi de 25,7 kWh/100 km, em cidade. O que significa que se pode contar com uma autonomia de 40,4 km reais, tendo em conta a capacidade da bateria.

Quando a bateria desce aos 0% de carga, o sistema continua a funcionar como um “full hybrid”, recorrendo à regeneração da travagem e da desaceleração para carregar a bateria. A gestão destes ciclos está muito bem feita, como o demonstrou o teste de consumos em cidade que deu uma média de 6,6 l/100 km.

Continuando com a bateria a zero, mas passando para autoestrada, onde as possibilidades de regeneração são inferiores, o consumo que registei foi ainda melhor: 5,7 l/100 km, a rolar perto dos 120 km/h.

O sistema de infotainment até mostra quantos quilómetros foram feitos com zero emissões (em modo elétrico ou simplesmente a deslizar sob a sua inércia) e quanto foi feito com o motor a gasolina. No teste em autoestrada, 15% do percurso foi com zero emissões.

Conclusão

No final, a Superb break PHEV acaba por marcar pontos em todas as áreas importantes de um familiar de grandes dimensões, incluindo no preço, que começa nos 47 925 euros, sem opcionais, de onde um comprador em nome de uma empresa consegue ainda extrair alguns descontos. A melhor carrinha do mundo? Muito provavelmente.

Francisco Mota

Skoda Superb Break PHEV 1.4 TSI Sportlive iV

Potência: 218 cv

Preço: 47 925 euros

Veredicto: 4 (0 a 5)

 

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