A Honda acompanha o lançamento do novo Jazz com uma campanha dirigida aos proprietários de modelos da marca. Nem tem que entregar a retoma, só tem que ter um Honda, qualquer um.

 

A imagem da Honda em Portugal não terá paralelo em muitos mercados, se é que tem em algum. A marca conseguiu conquistar um posicionamento de quase-premium a que se juntou a fiabilidade mecânica para criar um conjunto de clientes extremamente fiéis.

Segundo a marca, em Portugal, o parque circulante de modelos da marca é de 120 000 carros. Quanto ao Jazz, dos 22 500 vendidos até hoje, 21 800 ainda estão a circular, uns notáveis 97%, o que prova a durabilidade do modelo.

A quarta geração do Jazz torna-o pouco maior que o antecessor (só 16 mm e mais baixo 24 mm) num crescimento natural de dimensões que começou com o primeiro modelo, lançado em 2001. A maior novidade é a disponibilidade de apenas uma motorização, um híbrido.

Só em “full Hybrid”

Mas trata-se de um “full hybrid”, ou seja, utiliza um motor a gasolina 1.5 i-VTEC de 98 cv e duas máquinas elétricas, uma a funcionar como motor (109 cv) e outra como gerador.

Consoante o tipo de condução, de velocidade e de percurso, este sistema que a Honda designa por e:HEV, pode funcionar em três modos diferentes: apenas em modo elétrico, em modo híbrido ou em modo a gasolina. É o sistema que escolhe qual o melhor modo, a cada momento.

A originalidade está no modo híbrido, que funciona em série e não em paralelo, como é hábito. O mais comum é ser o motor elétrico a ajudar o motor a gasolina em momentos determinados (arranque e reacelerações), funcionando os dois em paralelo.

No sistema e:HEV da Honda, o motor a gasolina acciona o gerador, que alimenta o motor elétrico. Neste modo híbrido, o motor a gasolina não está ligado às rodas.

Na autoestrada muda

A velocidades de autroestrada, este modo híbrido não é eficiente, por isso fica para o motor a gasolina a responsabilidade de fazer mover as rodas da frente. Aqui sim, com uma ajuda do motor elétrico em paralelo, se for preciso.

A bateria está alojada atrás do banco traseiro, o depósito de gasolina está sob os bancos da frente. É carregada pela regeneração, na travagem e desaceleração e também pelo motor a gasolina, quando o Jazz rola a velocidade constante e há energia em excesso a ser gerada pelo motor i-VTEC.

Tudo isto gerido por uma transmissão de efeito contínuo, a e-CVT. A potência máxima, neste caso é a do motor elétrico, portanto 109 cv e 253 Nm de binário, o que lhe permite fazer os 0-100 km/h em 9,5 segundos e atingir os 173 km/h, para um consumo anunciado de 4,6 litros/100 Km.

Outras modificações

Mas as evoluções do Jazz não se ficaram pela motorização híbrida. É mantido o banco traseiro com possibilidade de levantar o assento na vertical, criando um espaço muito amplo que complementa a mala de 304 litros.

A silhueta continua a ser de monovolume, com o duplo pilar dianteiro do tejadilho alterado, com o maior esforço a ser suportado pelo segmento mais atrás, permitindo ao da frente ser mais fino (reduziu de 166 para 55 mm de largura) e melhorar a visibilidade. A Honda diz que o ângulo de visibilidade para a frente subiu de 69 para 90 graus.

No interior, há ainda um monitor central em formato horizontal com ícones grandes e fáceis de usar em andamento, que comanda um novo sistema de infotainment.

Um crossover na gama

A outra grande novidade é a versão crossover Crosstar Hybrid, que partilha o essencial do Jazz e acrescenta um visual mais off-road com alargamentos de guarda-lamas em plástico não pintado e uma grelha mais aberta. A suspensão também é um pouco mais alta e a disponibilidade de personalização é mais ampla.

Os preços não são baixos, como era de esperar tendo em conta o custo das motorizações híbridas. E não estão previstas outras motorizações, pelo menos para já.

Preços e posicionamento

O Jazz custa 25 500 euros e o Crosstar custa 28 500 euros. A estes valores, a Honda oferece um desconto de 4000 euros a que for proprietário de um Honda, nem tem que entregar a retoma.

A marca diz que é um prémio à fidelidade dos seus clientes, muitos deles proprietários de modelos da marca há muitos anos.

Conclusão

As dimensões do Jazz permitem à Honda apontar rivais diretos no topo do segmento B ou mesmo no segmento C: Kia Niro, Hyundai Ioniq e Toyota Corolla são alvos do Jazz. Toyota C-HR, Hyundai Kauai e Suzuki SX4 S-Cross, são os rivais contra os quais o Crosstar se quer medir.

O Jazz/Crosstar é o primeiro de seis modelos eletrificados que a Honda quer lançar até 2022, altura em que terá toda a sua gama de modelos eletrificada.

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