O primeiro “plug-in” fabricado na República Checa representa o arranque da fase de eletrificação da Skoda. Às qualidades conhecidas do modelo, o Superb iV acrescenta outros argumentos na versão híbrida recarregável.

 

Nunca o grupo Volkswagen investiu tanto na Skoda. O plano de eletrificação da marca ascende a dois mil milhões de euros aplicados na República Checa, dotando as fábricas da Skoda das condições necessárias à eletrificação da sua gama.

Estão previstos mais de dez modelos elétricos e eletrificados de que já faz parte o SUV elétrico Enyaq, também um dos membros da sub-marca iV, que referencia as versões eletrificadas da marca.

O plano começou com a versão 100% elétrica do Citigo iV e com o Superb iV, que usa uma motorização híbrida “plug-in” recarregável do exterior, uma estreia na marca.

Às reconhecidas qualidades do maior dos Skoda, a versão eletrificada 1.4 TSI iV acrescenta argumentos importantes, no que aos veículos PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle) diz respeito.

Os componentes do PHEV

Do sistema “plug-in” aplicado ao Superb faz parte um motor a gasolina de quatro cilindros, o 1.4 TSI, que debita por sí só uma potência máxima de 156 cv e atinge os 250 Nm de binário máximo.

A tração elétrica é garantida por um motor elétrico de 85 kW (116 cv) que debita um binário máximo de 330 Nm. A potência máxima combinada dos dois motores é de 218 cv e o binário combinado chega aos 400 Nm. Com estes valores, a aceleração 0-100 km/h é feita em 7,7 segundos e a velocidade máxima atinge os 224 km/h.

O motor elétrico está alojado dentro do compartimento da caixa de velocidades de dupla embraiagem DSG, de seis relações, existindo uma terceira embraiagem para colocar o motor elétrico a contribuir para o andamento ou não.

Bateria de 13 kWh

Para alimentar o motor elétrico, foi instalada uma bateria de iões de Lítio de 13 kW/h (10,4 kWh úteis) sob o banco traseiro, obrigando o depósito de combustível a reduzir a sua capacidade de 66 para 50 litros.

A bateria também leva à diminuição da capacidade máxima da mala em 140 litros, na berlina e em 150 litros, na carrinha. Mas os valores continuam bastante elevados, com 485 litros, para a berlina e 510 litros, para a carrinha.

Finalmente, o módulo de comando eletrónico, gere a carga e descarga da bateria, bem como a transformação de corrente contínua da bateria em corrente alternada, para alimentar o motor elétrico.

A Skoda anuncia uma autonomia máxima em modo elétrico de 62 km, em ciclo urbano, que desce aos 55 km, em ciclo misto e segundo as normas WLTP.

Gasta 1,5 l/100 km em modo híbrido

No modo Hybrid, o consumo anunciado, que é obtido com a bateria totalmente carregada, é de apenas 1,5 l/100 km. Mas a este valor tem que ser acrescentado o consumo de energia elétrica, que a Skoda estima ficar entre 14 e 14,5 kWh/100 km. O total de emissões de CO2 anda assim entre os 33 e os 35 g/km.

Existem três modos de condução, o modo elétrico E-Mode é selecionado automaticamente sempre que se liga o carro. Os 116 cv do motor elétrico conseguem uma aceleração 0-50 km/h de 5,0 segundos. Neste modo, o sistema emite um som para o exterior, para avisar os peões, é o “E-Noise”.

A utilização prolongada do modo elétrico gera indiretamente uma subida de pressão no depósito de gasolina, por isso existe um botão para fazer a ventilação dos gases de gasolina, que o condutor deve atuar antes de abastecer.

Gerar energia a bordo

O segundo modo é o Hybrid, selecionável pelo condutor e que deixa ao sistema a gestão da utilização das duas formas de energia, de acordo com as condições de trânsito e estilo de condução. Neste modo, o condutor pode escolher a percentagem de energia da bateria que deseja conservar para usar mais tarde.

Se decidir selecionar um nível superior ao que a bateria tem nesse momento, então o motor a gasolina atua a parte elétrica, passa a cumprir as funções de gerador e carrega a bateria, podendo carregar até aos 100%, para usar mais tarde.

Além desta forma de carregamento, a Skoda propõe mais três, sendo uma delas a regeneração na travagem e desaceleração, altura em que o motor elétrico funciona como gerador de corrente. Existe um modo “B” de máxima regeneração que provoca maior retenção assim que se levanta o pé do acelerador.

Modo Sport mas sem exageros

O terceiro modo de condução é o Sport, que configura o sistema para disponibilizar o máximo de potência, sendo este o único modo em que é possível fazer a aceleração 0-100 km/h em 7,7 segundos. É também neste modo que a suspensão com amortecedores ajustáveis DCC, fornecida de série, é regulada para o maior amortecimento.

Contudo, ao contrário do que acontece noutros modelos do grupo, a suspensão DCC não implica nenhum rebaixamento da suspensão, de forma a manter elevados níveis de conforto nos três patamares de ajuste do amortecimento: Comfort, Normal e Sport.

Para carregar a bateria de 0 a 100% a partir de uma fonte exterior, a Skoda anuncia que são necessárias 5h00, numa tomada doméstica de 2,3 kW, um tempo que desce para as 3h30 numa “wallbox” de 3,6 kW.

Autonomia total de 930 km

Combinando o consumo em modo elétrico com o consumo em modo híbrido, tendo em conta a capacidade da bateria e do depósito de gasolina, a Skoda chegou a uma estimativa de autonomia total que atinge os 930 km, um valor relevante para quem faça viagens longas com frequência.

Para gerir à distância o Superb iV existe uma aplicação para smartphone que permite monitorizar o recarregamento da bateria, quando ligada a uma fonte externa. É possível escolher o horário e ligar o aquecimento ou ar condicionado, preparando o habitáculo para a temperatura preferida, para não gastar tanta energia mais tarde.

O Superb tem instalado um cartão eSim que dá acesso a funcionalidades como a chamada de emergência, informações sobre navegação, trânsito, meteorologia e notícias sendo possível adquirir outras como a possibilidade de ter um “hotspot” Wi-Fi a bordo.

No plano estético, o Superb iV não tem grandes diferenças face às outras versões, a não ser a sigla iV e alguns detalhes de decoração, estando disponível nos mesmos níveis de equipamento das restantes motorizações.

A tomada de carregamento da bateria está dissimulada na grelha dianteira e para o condutor existem mais algumas páginas de informação específica sobre o sistema híbrido, acessíveis no monitor tátil central e no painel de instrumentos digital, o conhecido “virtual cockpit”.

Muito bem equipado

O equipamento depende do nível escolhido entre o Ambition, Style, Sportline e L&K, mas o Superb dispõe de funcionalidades como o pacote de assistência à condução que inclui o cruise control preditivo. Este, usa informações da cartografia e do reconhecimento dos sinais de trânsito para detetar limites de velocidade ou curvas e adaptar a velocidade automaticamente.

Conclusão

No configurador português da Skoda, um Superb iV Ambition, sem opcionais, tem um preço de 41 421 euros, enquanto que a versão Break custa 42 545 euros. São valores que podem descer consideravelmente se o modelo for adquirido por uma empresa. Tal como nas versões com motores a gasolina ou Diesel, também na versão “plug-in” o Superb oferece a melhor relação entre espaço interior e preço.

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