Depois de o guiar camuflado, por fora e por dentro, chegou a hora de ver o novo Seat Tarraco, sem disfarces, com o seu visual definitivo. O evento decorreu numa praça de touros recondicionada, em Tarragona, pelo motivo mais simples: Tarraco era o nome da cidade, quando fazia parte do império romano.

Recorde atrás de recorde

O presidente Luca De Meo é o primeiro a falar e faz o discurso habitual, o das vendas e do crescimento, pudera, a Seat está a bater recordes de vendas há três anos consecutivos! Depois fala Matthias Rabe, o vice-presidente do R&D e esforça-se por demonstrar que o Tarraco não tem nada a ver com o Skoda Kodiaq, apesar de partilhar a mesma plataforma, motores, transmissões e muito mais. Por fim, chega Alejandro Mesonero-Romanos, o diretor do design que tem a tarefa mais fácil, traduzir por palavras o que está à vista.

Lotação de sete

E o que está à vista, além de um SUV de sete lugares, é uma nova face de família para os próximos modelos da Seat, pelo menos para os SUV. Na foto que mostra o Tarraco ao lado do Ateca e do Arona, para provar que a família de SUV está completa – por agora, pois o nascimento de novos SUV é sempre muito imprevisível – também se percebe que o visual do Tarraco é bem mais moderno que o dos seus irmãos.

A guerra das redes sociais

Os discursos acabam, os jornalistas e convidados descem da bancada da antiga praça de touros sem gritar “Olé!” e começam a disparar os seus smartphones, as suas câmaras, tropeçando uns nos outros enquanto disputam uma espécie de concurso a ver quem consegue os gritos e as caretas que lhes dão mais “likes” nas redes sociais. Em paralelo, os jornalistas “sérios” fecham-se com os homens da Seat, à vez, para entrevistas “exclusivas” nas quais os entrevistados têm que aturar as mesmas perguntas inúteis, vezes sem conta.

Um SUV competente

No final, resta o Tarraco. Um SUV que vai ser o maior da marca, mas também o modelo mais caro do construtor de Barcelona. Um produto completo, com motores a gasolina e (fujam, papão!!!…) Diesel, mas com um “Plug-in” agendado para 2020. Pode ter tração à frente ou às quatro rodas, caixa manual ou de dupla embraiagem e amortecedores normais ou adaptativos, além de uma lista infindável de ajudas à condução. Daquelas a que só se dá o devido mérito quando as coisas “podiam ter corrido mal.”

Conclusão

O principal concorrente do Tarraco é o Peugeot 5008, dois carregadores de pessoas que têm argumentos diferentes para convencer quem precisa de uma lotação máxima de sete lugares, seja diariamente, seja de vez em quando. O Peugeot já conquistou o seu público, o Tarraco tem que ir à luta.