Para passar o tempo de confinamento, o wrc.com decidiu fazer um passatempo on-line: eleger o melhor piloto de ralis de sempre. Especialistas e público votaram e Sainz bateu… Loeb.

 

Dizem os organizadores do wrc.com que era para ser apenas um passatempo, enquanto o confinamento obriga os ralis a estarem parados.

A ideia era organizar uma espécie de torneio, como na corridas dos campeões e lançar a competição on-line.

Primeiro foi preciso escolher dois grupos de cabeças de série entre os 18 campeões do mundo de ralis, juntando mais dois “wild cards”.

Definidos os dois grupos, o próximo passo foi sortear os primeiros confrontos entre cada dois pilotos. Por exemplo, qual o melhor: Marcus Grönholm ou Björn Waldegaard?…

Este foi o trabalho de seis jornalistas especializados de diversos países. Depois, eles e o público que estivesse interessado votava nos sucessivos confrontos que os resultados anteriores definiam, seguindo duas “árvores” paralelas.

Um final surpresa

Alguns resultados intercalares foram discutíveis, mas o confronto final entre Loeb e Sainz parecia ter tudo para sorrir ao nove vezes campeão do mundo de ralis, considerado a referência da modalidade, que a dominou durante dez anos.

Surpresa! Depois de contados os votos dos seis jornalistas, que diplomaticamente se dividiram em três para cada lado, coube aos 80 000 votos dos cibernautas decidir.

E a vitória foi para Carlos Sainz. Campeão do mundo “apenas” duas vezes, em 1990 e 1992, com a Toyota.

300 000 votos

O wrc.com revelou que este passatempo reuniu um total de 300 000 votos ao longo de um passatempo que durou um mês e terminou hoje.

Loeb deu os parabéns ao vencedor e Sainz agradeceu aos seus admiradores, que, pelos vistos, são bem mais participativos que os de Loeb.

Se fosse eu a decidir…

Não participei neste passatempo, mas, se fosse eu a decidir o melhor piloto de sempre nos ralis, daqueles que vi guiar e com os quais tive o privilégio de falar ou até de andar à boleia é Juha Kankkunen.

Campeão do mundo por quatro vezes com três equipas diferentes: 1986 com a Peugeot, 1987 e 1991, com a Lancia e 1993, com a Toyota.

Nenhum outro conseguiu títulos com três equipas diferentes e sempre com um estilo de condução e uma atitude “old school” que sempre me agradou.

Mas, claro, neste tipo de passatempos qualquer resultado é válido. Comparar pilotos de eras diferentes é sempre uma tarefa ingrata.

Francisco Mota

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