Audi Q5 recebe restyling

Luzes OLED em opção, atrás

Mais conetividade no Q5

Esta é a versão SQ5 com o V6 TDI 3.0 MHEV

O SUV Audi Q5 acaba de receber um restyling ligeiro, mas assume uma nova estratégia de motores: a partir de agora, só tem “plug-in” a gasolina e Diesel “mild-hybrid”. Afinal o Diesel ainda tem um papel na redução do CO2.

 

A diabolização dos motores a gasóleo, no pós-Dieselgate, foi uma reação muito exagerada e pouco racional.

Sem truques na declaração de poluentes e dotados da mais recente tecnologia de controlo de emissões, os Diesel continuam a largar para a atmosfera menos CO2 que os motores a gasolina equivalentes.

A Audi sabe bem disso e a prova está na renovada gama do SUV Q5, que continua a ser fabricado no México e que recebeu agora um restyling, cinco anos depois da sua apresentação.

O que mudou no Q5?

As mudanças são as habituais e muito subtis, com o redesenho do para-choques da frente e de trás, o que lhe fez aumentar o comprimento total em 19 mm.

As soleiras têm um desenho novo que faz o Q5 parecer ter maior altura ao solo, supostamente uma crítica dos clientes da anterior versão, que realmente parecia muito colada ao asfalto.

Há novos frisos na carroçaria e as luzes traseiras passam a ter a opção de tecnolobia OLED, que emite uma luz mais homogénea e é usada para disponibilizar três assinaturas luminosas atrás.

Outra função interessante dos OLED é estarem ligados a um sensor de proximidade, que faz ligar as luzes traseiras se outro carro se aproximar demais, para avisar o seu condutor.

Mas foi só isso?

Aumento de sistemas de ajuda eletrónica ao condutor, maior conetividade através de um ecrã tátil de 10,1” com um sistema de infotainment que usa um processador três vezes mais rápido que o anterior, são outras novidades. Tal como o reforço do equipamento e da lista de opcionais.

Mas o mais interessante é mesmo a nova oferta de motorizações, que passou a disponibilizar apenas dois tipos: as opções a gasolina PHEV, todas com o quatro cilindros 2.0 TFSI e os motores Diesel “mild-Hybrid”, que usam o 2.0 TDI, exceto o mais potente SQ5 que emprega o 3.0 TDI V6.

Que estratégia é esta?

É uma estratégia que me parece muito inteligente e que aproveita o melhor de dois mundos, em termos de emissões de CO2.

Por um lado, os PHEV são a solução menos emissora de CO2, tirando os motores elétricos; por outro lado, os Diesel são muito menos emissores de CO2 que os motores a gasolina comparáveis, mais ainda quando ajudados por um sistema “mild hybrid.”

Assim, a marca consegue reduzir a média de emissões declaradas de CO2, segundo a norma WLTP, com motorizações realistas, tanto do ponto de vista industrial como comercial.

Quais as motorizações disponíveis?

A gama é composta pelos seguintes motores, começando pelos PHEV a gasolina:

– 50 TFSIe quattro S tronic PHEV: 299 cv (63 546 euros)

– 55 TFSIe quattro S tronic PHEV: 367 cv (72 747 euros)

Quanto aos Diesel “plug-in” (ou MHEV), a oferta é esta:

– 35 TDI S tronic MHEV: 163 cv (60 202 euros)

– 40 TDI quattro S tronic MHEV: 204 cv (67 002 euros)

– SQ5 TDI Quattro Tiptronic MHEV: 341 cv (103 002 euros)

Conclusão

Com esta mistura de PHEV e Diesel MEHV, a gama Q5 mostra que os motores Diesel ainda têm um papel importante a desempenhar na diminuição do CO2, particularmente em modelos de maior tamanho e peso. Resta apenas resolver as designações enigmáticas de cada versão, mas isso já é uma insistência da Audi.

Francisco Mota

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