É daquelas despesas que não dá para evitar. Quando chegam à marca de desgaste máximo, os pneus têm mesmo que ser trocados. Saiba como o fazer, poupando dinheiro e sem ter que comprar de uma marca chinesa desconhecida.

 

São a única ligação do carro à estrada, por isso, se estiverem demasiado desgastados aumentam o risco de acidente. Quando chegam à marca de desgaste – umas pequenas “pontes” que atravessam os sulcos longitudinais – estão no fim da vida e têm que ser substituídos, até por que começam a estar ilegais, sujeitando o condutor a multa.

Mas antes da multa, há que pensar na segurança e um pneu “careca” diminui drasticamente o seu desempenho, sobretudo em tempo de chuva: os tais sulcos longitudinais ficam tão baixos que deixam de conseguir escoar a água da estrada e entram em “aquaplaning”.

Ou seja, deixam de tocar no chão, por momentos, ficando a “surfar” a água. Perde-se o controlo da direção do carro e as probabilidades de acidente aumentam exponencialmente.

Neste vídeo poderá ver em detalhe este fenómeno do “aquaplaning”:

A maioria dos condutores sabe disto, mas também sabe que os pneus de qualidade são caros por isso tem a tendência de adiar a troca, pelo menos até às vésperas da próxima inspeção periódica…

Mas a boa notícia, é que há maneiras de tratar dos pneus que podem diminuir os gastos para metade, bastando ter alguma atenção à sua utilização. Aqui ficam algumas dicas.

Prevenção básica

Para evitar um desgaste precoce dos pneus é só preciso fazer três coisas. Primeiro, verificar regulamente (uma vez por mês) as pressões, garantindo que estão nos valores recomendados pelo fabricante do automóvel.

Segunda, manter a direção bem alinhada. Se, em reta, sentir o carro a “fugir” para um dos lados, mande alinhar a direção.

Terceira, manter as rodas equilibradas. Se sentir alguma roda a vibrar, quando circula em piso plano, é possível que os “pesos” da calibração tenham caído de alguma roda. Tem que mandar equilibrar as rodas.

Na pior das hipóteses, pode estar uma jante empenada e terá que ser reparada ou substituída.

A vibração também pode ter origem nos próprios pneus, se estiverem deformados. Isso acontece quando se deixa o carro estacionado durante muitos meses, sem o cuidado de subir a pressão dos pneus antes.

Desgaste normal

Para a maioria dos carros, com motor e tração à frente, os pneus que se desgastam mais depressa são os da frente.

É normal, pois têm que suportar o peso do motor, todo concentrado na frente; têm que transmitir a potência à estrada e ainda têm que fazer virar o carro, através da direção.

A sua taxa de desgaste é maior que a dos pneus das rodas de trás, mas convém acompanhar esse desgaste.

Se não for um desgaste homogéneo a toda a largura do pneu, poderá não ter usado a pressão correta, ou então existir problemas de alinhamento ou de suspensão. Um pneu usado é sempre uma boa fonte de diagnóstico.

Trocar rodas de lugar?

Há quem mude os pneus da frente para trás e vice-versa, a meio da vida dos da frente. Não aconselho, pela simples razão de que se deve ter sempre os melhores pneus nas rodas de trás.

Uma inesperada saída de traseira, provocada por pneus que já não estão no seu melhor é muito mais difícil de controlar pelo condutor médio, que uma saída de frente, em que basta desacelerar ou travar.

Também há quem faça o chamado cruzamento de rodas a meio da vida dos pneus da frente, ou seja, trocar a roda da frente esquerda com a traseira direita e vice-versa. Também não aconselho.

À medida que vão sendo usados, os pneus acomodam-se aos esforços de um sentido de rolamento, ao serem cruzados, está a inverter-se esse sentido, o que poderá prejudicar o desempenho do pneu. Em alguns casos, os pneus têm mesmo um sentido de rolamento definido, pelo que esse cruzamento não pode mesmo ser feito.

Como gerir os quatro pneus

Assim, a melhor maneira de gerir os pneus é observar regularmente o desgaste dos pneus da frente e quando chegarem ao limite, comprar apenas dois pneus novos.

Mas, muito importante, coloque os dois pneus novos nas rodas de trás e passe os que estavam atrás para a frente.

Assim, tem sempre os melhores pneus nas rodas de trás e apenas tem que comprar dois pneus de cada vez.

Não se esqueça que, ao fazer esta troca dos pneus de trás para a frente, deve pedir sempre para essas rodas voltarem a ser equilibradas. E não se esqueça de verificar a pressão do pneu suplente, que deve ser sempre um pouco mais alta que a dos outros pneus, para compensar as perdas que possa sofrer.

Tente também montar sempre pneus iguais, atrás e à frente, ou pelo menos do mesmo tipo: todos desportivos ou todos ecológicos, por exemplo.

Conclusão

Com estes simples cuidados, poderá prolongar a vida dos seus pneus, usando cada jogo de quatro pneus até ao final. Poderá assim poupar quase metade do custo de mudar os quatro pneus de cada vez que os da frente estão gastos mas os de trás ainda têm bastante vida útil pela frente. E, assim, tem orçamento para comprar sempre pneus de boa qualidade.

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