Vinte minutos em Paris
À minha chegada ao ADN, já as, habitualmente fastidiosas, formalidades de acesso estavam tratadas e uma colaboradora da PSA estava à porta com o crachá na mão e ordens para a seguir rapidamente pelos labirínticos túneis, escadas e elevadores até chegar à sala onde a apresentação aos meus colegas do COTY estava perto do fim. Entrei pelo fundo da plateia, onde uma cadeira vazia me aguardava e tentei perceber o que se passava. A sessão terminou em breve e foi altura de ver o DS3 Crossback ao vivo. Em menos de vinte minutos, a mesma colaboradora veio buscar-me para me levar de volta à rua, onde um Taxi-Moto me esperava para me levar por entre o caótico trânsito parisiense de volta ao aeroporto. Confesso que fechei os olhos umas quantas vezes enquanto o experiente condutor me levava até à porta do terminal pelo meio dos carros parados no temível “Périphérique” de Paris.
Um transfer que, de carro, demoraria uma hora, demorou metade. Se os taxistas têm medo da Uber, então os Taxi-Moto é que acabavam com eles.
Cheguei a Estocolmo a horas, um motorista esperava-me para me levar diretamente para o local da apresentação do UX250h, sem passar pelo hotel e, à chegada fui recebido pelos homens da Lexus com um reconfortante: “Francisco! Sempre a horas…” Já vi sequências do 007 mais tranquilas.
B-SUV, aqui vamos nós
Dos vinte minutos em Paris, o que posso dizer é que a marca DS está a tomar balanço. O DS7 Crossback é um carro de um segmento caro, mas o DS3 Crossback vai chegar a muitos mais condutores, rivalizando no mercado com o Mini Countryman, em posicionamento premium e preço. Estreia a nova plataforma CMP, usa os motores a gasolina 1.2 Puretech e os Diesel 1.5 BlueHDI conhecidos do grupo e terá uma versão elétrica “e-tense” já em 2019, com 136 cv e autonomia de 300 km no ciclo WLTP. Herda muito do estilo do DS7 Crossback, o que, para quem não gostar de triângulos, poderá ser um problema, sobretudo no interior.
Conclusão
O DS3 Crossback entra no mercado dos B-SUV, o mais acelerado do momento, com um modelo que deverá agradar aos apreciadores deste tipo de carros. O anúncio da versão elétrica, já para o próximo ano, é um sinal de que a PSA está a investir forte nesta área, da qual Carlos Tavares é um crítico. Mas se não os podes vencer, tens mesmo que te aliar a eles.
