A Opel faz 160 anos em 2022

Máquinas de costura, bicicletas, motociclos e automóveis Opel

Primeira oficina de Adam Opel à esquerda, no anexo à oficina do pai

Sophie e Adam Opel retratados em 1868

Bicicleta Opel fabricada em 1892

Os cinco irmãos Opel no Opel Quintuplet em 1895

Publicidade de época sobre as atividades da Opel

Opel-Lutzmann de 1899 foi o primeiro automóvel

Opel Doktorwagen foi um dos sucessos no início

Opel 4/12 PS de 1924, um dos mais vendidos na década

Esta era a produção diária do Opel 4/12 PS em 1925: 125 automóveis

Linha de montagem de Rüsselsheim em 1928

Opel Patent-Motorwagen System-Lutzmann em 1899

Opel 1,2 litros

Opel Olympia de 1935

Linha de produção do primeiro Opel Blitz após a guerra, em 1946.

Opel Olympia Rekord Caravan de 1953

Opel Kadett A de 1962

Opel Experimantal GT ano salão IAA de 1965

Opel Rekord C

Opel Manta de 1972

Opel Corsa A de 1982

Opel Calibra no túnel de vento em 1989

Opel Frontera (1991–95)

O primeiro Opel Astra foi um enorme sucesso de vendas

Opel Zafira de 1999 levou a Opel aos monovolumes

Opel Ampera um "plug-in" em 2010

Opel Ampera-E a geração 100% elétrica de 2016

Opel Corsa-e é o segundo 100% elétrico da marca

Opel Manta-e Concept vai chegar ao mercado

A Opel comemora este mês 160 anos. Um trajeto que começou pelas máquinas de costura e bicicletas, passando para os automóveis em 1899. Daí para cá, a história da marca está repleta de momentos que marcaram a indústria automóvel, em direção a um futuro elétrico.

 

Hoje, a Opel faz parte do grupo Stellantis, que engloba 14 marcas diferentes de vários países e dois continentes. Fruto de uma estratégia que promove o crescimento de cada uma das suas marcas, o grupo liderado pelo português Carlos Tavares tem feito a Opel progredir.

Talvez as perspectivas de futuro da Opel nunca tenham sido tão positivas como agora, conhecido que é o seu plano de eletrificação da gama e parte do calendário de lançamentos de novos produtos, no qual o futuro SUV Manta Electric suscita a maior curiosidade.

Opel Manta-e Concept vai chegar ao mercado

Em cinco anos, depois de se ter juntado ao grupo PSA, que veio a dar origem à Stellantis quando se juntou com a FCA, a Opel passou dos prejuízos aos lucros e soube posicionar-se na linha da frente dos veículos eletrificados.

Mas, para melhor compreender o presente e o futuro, importa olhar para o passado e ver como foi o percurso da marca fundada por Adam Opel (nascido em 1837 e falecido em 1895).

Não queria ser serralheiro

Este industrial alemão fundou a sua primeira empresa de fabricação de máquinas de costura em Setembro de 1862, exatamente há 160 anos. Mas não era este o futuro que o seu pai tinha previsto para o seu filho mais velho.

Philipp Wilhelm Opel era um mestre serralheiro em Rüsselsheim e esperava que o seu filho Adam lhe seguisse as pegadas. Mas o jovem sonhava com Paris.

Primeira oficina de Adam Opel à esquerda, no anexo à oficina do pai

Fez-se à estrada e passou tempo a viver em Liège, Bruxelas e Londres, antes de finalmente chegar a Paris onde conheceu o mundo das máquinas de costura e decidiu entrar no negócio.

De volta à Alemanha

No final de Agosto de 1862, com 25 anos, Adam volta a Rüsselsheim e estabelece a sua primeira oficina de máquinas de costura, nas instalações do pai, que não via futuro para esse negócio.

A primeira máquina de costura demorou meses a estar concluída e foi vendida ao mestre alfaiate local Hummel que a usou durante 40 anos. “Opel – a fiável” era o lema das máquinas de costura.

Publicidade de época sobre as atividades da Opel

No ano seguinte, Adam estabeleceu as suas primeiras instalações fabris, numa vacaria desativada do seu tio. Parte do material necessário para a fabricação era enviada de Paris.

O seu irmão Georg mandava-lhe aço, carretéis, agulhas e até máquinas de costura completas para revenda. E o processo de crescimento começou, com a contratação dos primeiros colaboradores.

A rápida expansão

Em 1868, foi construído um novo edifício para a fábrica de máquinas de costura, muito maior que a vacaria do tio e com todas as condições para os então 40 trabalhadores.

Nesse mesmo ano, Adam casou-se com Sophie, que cedo se envolveu no negócio, tratando da contabilidade. O negócio não parava de crescer e a Adam Opel tornou-se numa das maiores empresas do setor na Alemanha, exportando para toda a Europa.

Sophie e Adam Opel retratados em 1868

Em 1886, a produção anual era de 18 000 máquinas de costura, algumas delas feitas segundo requisitos especiais, o que tornava a Adam Opel na escolha preferida para clientes mais exigentes.

Bicicletas, a segunda paixão

Em 1884, numa viagem a Paris, Adam comprou uma bicicleta de roda alta, das muitas que enchiam as ruas da capital francesa e levou-a para casa.

As instalações industriais que detinha nesta altura, bem como o apoio da sua mulher e dos seus cinco filhos, deixaram o assunto das bicicletas a tomar forma na sua mente.

Os cinco irmãos Opel no Opel Quintuplet em 1895

Em 1886 a Adam Opel deu início à fabricação de bicicletas em Rüsselsheim, primeiro com a sua interpretação das bicicletas de roda alta e, dois anos depois, fazendo a transição para as de rodas baixas, num conceito que dura até hoje.

Também nas bicicletas, Adam tinha a preocupação de usar os melhores materiais e componentes para garantir a fiabilidade do produto.

Líder global

A produção subiu muito rapidamente, em 1890 saíram da fábrica 2200 bicicletas. Os seus cinco filhos participavam regularmente em corridas de bicicletas com os modelos do pai e chegaram a acumular 550 vitórias em corridas, promovendo assim as bicicletas Opel.

A produção de bicicletas continuou a crescer e nos anos 1920 a Opel tornou-se no maior fabricante mundial de bicicletas, vendidas através de 15 000 concessionários.

Bicicleta Opel fabricada em 1892

Após a introdução da fabricação através de uma linha de montagem, o ritmo de produção era de uma bicicleta a cada sete segundos.

Adam Opel morreu em 1895 e nunca chegou a ver o próximo passo que a sua viúva e os seus filhos deram para assegurar o crescimento da empresa familiar.

A passagem para os automóveis

Em 1899, o conselho de família decide entrar no negócio dos automóveis comprando os direitos para produzir o Lutzmann, um dos pioneiros dos veículos automóveis.

O seu criador, Friedrich Lutzmann, mudou-se de Dessau para Rüsselsheim com a sua maquinaria e equipa de trabalho para assegurar a produção do primeiro Opel-Lutzmann.

Opel-Lutzmann de 1899 foi o primeiro automóvel

Tratava-se de um veículo com um motor de um cilindro e 1545 cc, com potência máxima de 3,5 cv com carroçarias de dois ou quatro lugares. Rapidamente o motor foi evoluido para 5 cv e depois 8 cv. Mas as vendas nos primeiros anos não correram bem.

Em 1899 apenas venderam 11 unidades e em 1900 apenas 24 exemplares, levando ao fim da colaboração com Lutzmann. Mas a família Opel não baixou os braços, começando a importar veículos da francesa Darracq que passaria a equipar com carroçarias Opel, dando origem aos Opel-Darracq que duraram seis anos.

O primeiro verdadeiro Opel

No salão de Hamburgo de 1902, a Opel apresentou o seu primeiro automóvel. O motor era um dois cilindros com um total de 1884 cc. No ano seguinte, a Opel apresentou o seu primeiro quatro cilindros, com 4715 cc, o 20/24 HP.

Passados dois anos, a evolução levou a que o motor de quatro cilindros chegasse aos 6880 cc no 35/30 HP. Nesta altura, a Opel ainda vendia uma variante de um Darracq, com motor de 8012 cc , o 45/50 HP.

Opel Doktorwagen foi um dos sucessos no início

A partir de 1907, a Opel passou a vender apenas modelos equipados com os seus próprios motores e começou a mostrar interesse nos segmentos mais acessíveis, com o “Doktorwagen” de 1909, que devia o seu nome ao facto de muitos médiocos o comprarem. Tinha um motor de quatro cilindros, 1029 cc, 4/8 HP. Rapidamente se tornou o modelo mais vendido da marca.

Populares e luxuosos

A gama diversificou-se, tanto nos segmentos mais acessíveis como nos de topo, destacando-se o 40/100 HP com  motor de 10 200 cc e capaz de atingir os 125 km/h. Um verdadeiro supercarro, no período pré-guerra.

Um incêndio praticamente destruiu a fábrica de Rüsselsheim em 1911, mas acabou por ser uma oportunidade de refazer as instalações com maquinaria nova, parando com as máquinas de costura, após um milhão terem sido feitas.

Máquinas de costura, bicicletas, motociclos e automóveis Opel

As bicicletas continuaram e as motocicletas, que tinham começado a ser feitas em 1901, duraram até 1925. Após a reconstrução a Opel assinalou a produção do seu 10 000º automóvel em 1912 e, em 1913 o volume atingiu as 3200 unidades. Nesse ano, a Opel foi o maior construtor da Alemanha e o sexto da Europa.

O início da fabricação de pesados aconteceu pouco antes da primeira grande guerra, período durante o qual a Opel foi requisitada para o esforço de guerra alemão, como todos os outros construtores.

No final da guerra, as instalações ficaram sob a jurisdição do Estado francês, mas a produção demorou a retomar e apenas com modelo antigos, projetados bem antes do conflito. Depois veio a inflação galopante que fez disparar os preços para valores incomportáveis pelos potenciais compradores.

Nova gama mais acessível

Em 1924, a fábrica foi re-equipada com linhas de produção móveis e foi lançada uma nova gama de veículos mais pequenos e mais acessíveis. O primeiro foi o 4/12 HP que era baseado no Citroën 5CV e deu origem a uma série de variantes, fazendo desta série a mais produzida da Opel até 1931, quando terminou a produção com 119 484 unidades.

Esta era a produção diária do Opel 4/12 PS em 1925: 125 automóveis

Durante o mesmo período a Opel não deixou de produzir carros maiores e mais luxuosos, com seis e até oito cilindros em linha. Em 1928, os 8000 operários da Opel produziam 250 carros por dia, garantindo 37,2% de cota do mercado alemão, que a marca liderava.

A venda à General Motors

Foi neste período de grandes resultados que a família Opel decidiu vender 80% da companhia à General Motors em 1929, passando a 100% em 1931. A GM pagou $66,7 milhões, fazendo da Opel uma das famílias mais ricas da Europa.

O primeiro Opel projetado sob a direção da GM foi o 108 de 1931, vendido em França como GM 108, para evitar reações adversas dos consumidores face a um produto com nome alemão. Tinha um motor de seis cilindros em linha e 1790 cc. Rapidamente a GM acrescentou um modelo com motor mais pequeno de 1193 cc.

Opel Olympia de 1935

Em 1935 chegou o Olympia 1279 cc, com o nome a fazer alusão aos jogos olímpicos de Berlim do ano seguinte. Foi o primeiro Opel com estrutura monobloco. A partir de 1937, o Olympia deu origem a um modelo mais pequeno, o Kadett, do qual se construíram mais de 100 mil unidades até 1940, logo a seguir aos 120 mil Olympia.

Em todos os segmentos

Mas a Opel não abandonava os segmentos de maior prestigio, lançando modelos de seis cilindros em linha como o Super Six de 2473 cc (mais tarde substituído pelo Kapitän) e o Admiral com 3626 cc. O Kapitän foi o primeiro modelo da GM a ter os guarda-lamas dianteiros numa só peça estampada e também o primeiro a ter faróis retangulares.

Opel 1,2 litros

Na verdade, o Kapitän era suficientemente avançado (motores com válvulas à cabeça) para voltar à produção após a segunda grande guerra. Quando se julgava que a sua vida útil tinha terminado em 1940.

A segunda grande guerra

Claro que uma fábrica de um construtor americano em plena Alemanha durante a segunda grande guerra só poderia ter um destino a curto prazo, que foi uma sucessão de bombardeamentos que a destruiu por completo.

Isto após a GM se ter recusado a produzir de munições na Opel e de ter construído alguns camiões durante um breve período.

Linha de produção do primeiro Opel Blitz após a guerra, em 1946.

No pós-guerra, a Opel ficou sob a alçada dos americanos, inicialmente produzindo peças de reposição para o que restava do parque rolante da marca.

Demorou um ano até a produção de automóveis completos ser retomada e isso não foi possível para o Kadett, pois os moldes tinham sido levados pelas tropas russas, reaparecendo mais tarde na forma do modelo Mzma Moskovitch 400. A GM retomou o controlo total da Opel em 1948.

Nomes que ficaram

A oferta centrava-se no Olympia, que passaria a Rekord e no Kapitän, que foram evoluindo em tamanho e cilindrada dos seus motores com o último a chegar aos 2784 cc em 1965.

Nos anos 1960, o Rekord e o Admiral partilhavam a mesma plataforma e alguns motores e a mesma base serviu para o Diplomat, que usava motores Chevrolet V8 de 4,6 ou 5,4 litros.

Opel Kadett A de 1962

O regresso do nome Kadett aconteceu em 1962, usado para um novo modelo compacto que teve versões de duas portas, quatro portas além da carrinha, que recebeu o nome Caravan. A produção deste modelo era feita numa fábrica em Bochum que produziu um milhão de carros em quatro anos.

Modelos desportivos

Em 1965, a produção global da Opel atingiu os cinco milhões, permitindo algumas liberdades como o lançamento em 1968 do coupé desportivo GT. O estilo, mais do que a mecânica, causaram espanto na indústria automóvel, sendo produzidos mais de cem mil exemplares, com 80% a serem vendidos nos EUA.

Em 1970, a “guerra” europeia entre a Ford e a GM chegou aos coupés desportivos de quatro lugares, com a Opel a lançar a primeira geração do Manta, em resposta ao sucesso do Ford Capri.

Opel Manta de 1972

O Manta partilhava a plataforma e motores com o familiar de quatro portas Ascona (designado 1604 em Portugal) e atingiu quase o meio milhão de unidades em 1975. Quanto ao 1604, ultrapassou as 600 mil unidades, na primeira geração e depois foi feito em mais 1,5 milhões, na segunda geração.

Esta segunda geração, designada 1904 em Portugal, deu origem a um segundo Manta e ambos os modelos foram desenvolvidos para participar no WRC, com Walter Röhrl a sagrar-se campeão do mundo de ralis em 1982 com o Ascona 400.

Opel e Vauxhall

A partir dos anos 1970, as gamas da Opel e da Vauxhall  (que a GM tinha comprado em 1925) começaram a partilhar cada vez mais elementos, até se tornaram virtualmente iguais, apenas o símbolo na grelha mudava. Mas isso foi um processo que demorou vinte anos.

Opel Frontera (1991–95)

Até lá chegar, a GM permitia uma grande independência entre as suas duas marcas europeias, não só no estilo, como nas plataformas e motores. Pouco era de facto partilhado.

O fenómeno Kadett

Em 1973 o Kadett fechou a produção com 1,7 milhões de unidades dando lugar a uma nova geração que estreava uma carroçaria com uma grande porta traseira, um hatchback, e tração às rodas da frente. Alguns dos motores eram evoluções dos anteriores, mas instalados em posição transversal.

Opel Ampera um “plug-in” em 2010

O sucesso desta geração do Kadett foi ainda maior, atingindo os 2,1 milhões em 1984, quando foi substituido por uma nova geração. Em 1991, o nome Astra, que era usado pela Vauxhall para a sua versão do Kadett desde 1980, foi adotado em todos os mercados. E foi mais um grande sucesso.

1990: os últimos anos de ouro

Em 1998, foi lançada a segunda geração do Astra, seguindo as pegadas da primeira, uma tendência que se repetiu nos anos seguintes, com o Astra a ser o modelo mais importante da Opel na Europa.

O primeiro Opel Astra foi um enorme sucesso de vendas

Modelos maiores, como o Commodore ou as novas gerações do Rekord e mais tarde do Omega, mostravam o permanente interesse da marca nos segmentos de maior estatuto que culminaram com o Senator de 1978 e a sua variante coupé, o Monza, verdadeiros modelos de luxo.

Primeiro Corsa: foi há 40 anos

No outro extremo do mercado, 1982 ficou a assinalar a descida da Opel ao segmento “B” com a primeira geração do Corsa, que faz este ano precisamente 40 anos de vida. Mais uma linhagem de grande sucesso, nas suas sucessivas gerações, que reposicionaram a oferta da Opel na Europa.

Opel Corsa A de 1982

Também no segmento acima do Astra a Opel se mostrava atenta, lançando o primeiro Vectra em 1988 a que se seguiram sucessivas gerações e uma variante coupé que revolucionou o ano de 1989 com uma carroçaria aerodinâmica, o Calibra.

Mais original foi o lançamento do primeiro Tigra, em 1995, um coupé feito com base no Corsa e, mais uma vez, um rival direto do primeiro Ford Puma. Na segunda geração, o Tigra passou a ser um descapotável com tejadilho rígido articulado.

Omega também é Cadillac

O Omega continuava a defender a posição da Opel nos segmentos mais altos, com a novidade de a sua plataforma ser partilhada com o Cadillac Catera, pois tinha tração traseira.

Nos anos 1990, corria o rumor de que a Opel dava tanto lucro como a Toyota, sendo um pilar fundamental da GM, que lhe permitiu investir na sua expansão na Ásia. E havia espaço também para a originalidade.

Opel Calibra no túnel de vento em 1989

Outras iniciativas interessantes da Opel foram a partilha da plataforma do Lotus Elise para fazer o desportivo Opel Speedster, bem como o lançamento dos 4×4 Frontera e Monterey, derivados de modelos da Isuzu e que levaram a Opel para aquilo a que hoje se chamam os SUV.

Monovolumes e EV

Também a onda dos monovolumes foi devidamente surfada pela Opel, com o Sintra em 1996 e as duas gerações do Zafira, este derivado do Astra. O Meriva levou o conceito para o segmento do Corsa e o Agila para o segmento “A”, neste caso partilhando tudo com a Suzuki.

Opel Zafira de 1999 levou a Opel aos monovolumes

Já neste século, o Vectra deu lugar ao Insignia em 2008, que venceu o título de “Car Of The Year”.  As duas gerações do Ampera, o primeiro sendo um “plug-in” e o Ampera-E um puro elétrico, geminados com modelos Chevrolet mostravam a preocupação com a mobilidade elétrica.

GM venda à PSA

Mas isso não impediu a GM de começar a estabelecer contactos para vender a Opel. Depois de ter estabelecido acordos de produção com a PSA, que resultaram na partilha de plataformas e componentes, em 2017 a PSA avança para a compra da Opel/Vauxhall por uma quantia de dois mil milhões de euros.

Opel Corsa-e é o primeiro elétrico da marca

Contudo, a GM ficou obrigada a continuar a pagar aos pensionistas da Opel, bem como a contribuir para os fundos de pensões da Alemanha e Reino Unido durante 15 anos.

No ano seguinte, a Opel deu lucro pela primeira vez desde 1999, sob a gerência da PSA. E em 2021 integrou a Stellantis, tal como todas as marcas da PSA e FCA.

Conclusão

A Opel tem 10 fábricas de automóveis e de motores na Europa, bem como quatro centros de testes e desenvolvimento, empregando 30 000 pessoas em seis países e vendendo em mais de 60 mercados. Numa altura em que a marca acelera o seu futuro em direção à eletrificação da sua gama de modelos à venda na Europa, pode contar com os recursos de investigação e desenvolvimento de Rüsselsheim, que vão ser alvo de investimentos nos próximos tempos. A história da Opel vai assim continuar no local onde tudo nasceu e de onde nunca saiu.

Francisco Mota

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