Skoda Fabia 2022

Luzes de trás em LED e estilo apurado

Fabia passa a ter a mesma face de família dos outros Skoda

Primeira geração foi lançada em 1999

Faróis com motivos típicos da marca

Novo desenho do tablier

Pequenos detalhes diferenciam o Fabia

Detalhes de estilo no interior do Fabia

Ecrã tátil central colocado destacado no topo da consola

Lugares da frente com mais espaço em largura

Aumento do espaço para pernas, nos lugares de trás

Mala subiu a capacidade para os 380 litros

A quarta geração do Skoda Fabia foi o último utilitário do grupo VW a passar para a plataforma MQB A0. Com isso, ganhou espaço no habitáculo e capacidade na mala. Tem mais equipamento disponível, mas não é barato.

Desde 1999, quando foi apresentada a primeira geração do Fabia, sucessor do Felícia, que ainda não era feito com base em plataformas do grupo VW, o utilitário da Skoda já ultrapassou os 4,5 milhões de unidades vendidas.

Não é o Skoda mais vendido, essa honra cabe ao Octavia, mas é um modelo que tem sido importante para a marca do grupo Volkswagen.

Nesta quarta geração, o Fabia passou finalmente para a plataforma MQB A0, já usada em todos os outros modelos do mesmo segmento, das marcas do grupo.

Com as maiores dimensões desta plataforma, que leva o Fabia a ultrapassar a barreira dos quatro metros pela primeira vez (4108 mm) e a subir a distância entre-eixos em 9,4 cm, ganhou mais espaço nos lugares da segunda fila e mais 50 l na mala, que agora tem 380 litros.

Estilo Skoda

Por fora, o estilo foi alinhado com o dos mais recentes modelos da marca, na verdade, com todos eles, só faltava mesmo o Fabia. É o último modelo da marca a assumir esta imagem de família.

E digo o último, porque a Skoda está já a trabalhar na sua nova imagem, que se espera venha revolucionar tudo aquilo que conhecemos acerca da Skoda. Mas isso, fica para outro dia…

Importante reter o coeficiente aerodinâmico Cx, que vale apenas 0,28, um valor muito bom para este tipo de veículo. Em parte, isto é conseguido com cortinas móveis no para-choques da frente, que abrem apenas quando é necessário. A Skoda diz que poupam 0,2 l/100 km a 120 km/h.

As atualizações esperadas

As outras novidades do Fabia são as esperadas, para quem conhece o Polo ou o Ibiza, com os quais partilha quase tudo aquilo que não se vê. Como faróis e luzes traseiras em LED.

Ainda assim, a Skoda soube dar ao habitáculo um estilo e um ambiente próprios, com alguns detalhes de estilo originais e de bom gosto. Não falta o painel de instrumentos digital, nem o ecrã tátil central, agora bem destacado no topo da consola.

A pensar nos países do Norte da Europa, onde a Skoda vende grande parte dos quase um milhão de carros que produz por ano, o Fabia tem agora volante e para-brisas aquecido, além de climatização com duas zonas de temperatura.

Quanto ao “simply clever”, traduz-se, por exemplo, em 16 locais para guardar objetos no interior, num total de 108 litros de capacidade. Mas há mais.

Uma divisória flexível para a mala, uma consola para os lugares de trás, quando se transportam só dois passageiros, porta-cartões, porta-moedas e porta-copos, além do já icónico raspador de gelo.

Motores “evo”

Quanto aos motores, também chegam ao Fabia as últimas versões da unidade de três cilindros a gasolina, os chamados motor Evo. Mas ainda ninguém fala de híbridos ou sequer de “mild hybrid”, na Skoda.

Na base está um 1.0 sem turbo e com 80 cv (para alguns mercados, há ainda uma versão de 65 cv). O outro é sobrealimentado: o 1.0 TSI, disponível com 95 cv ou 110 cv. O mais potente tem caixa DSG de dupla embraiagem e sete relações como opção.

A Skoda disponibiliza uma versão 15 mm mais baixa da suspensão MacPerson dianteira e barra de torção, atrás. Mas também uma versão 15 mm mais alta que a normal, para países com condições de circulação mais difícieis – novamente as estradas nevadas do Norte.

Mais airbags, num máximo de nove, e mais ajudas eletrónicas à condução, num máximo de sete, fazem também parte das novidades.

Conclusão

Falta falar dos preços. Não se espere valores para rivalizar com a Dacia, pois a Skoda joga noutro campeonato, apesar de muitos potenciais compradores ainda não terem percebido isso. Sendo assim, o 1.0 de 80 cv custa 19 272 euros, o 1.0 TSI de 95 cv custa 20 509 euros e o 1.0 TSI de 110 cv custa 21 162 euros. Tudo nas versões de acesso Ambition. Ou seja, não são preços propriamente de saldo, quando olhamos para o Polo Life 1.0 TSI de 95 cv, que custa 21 854 euros. E esse continua a ser o problema da Skoda no nosso país: a imagem está abaixo do que realmente valem os seus produtos.

Francisco Mota

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