A terceira geração daquele que tem sido um dos modelos mais lucrativos da Range Rover já chegou a Portugal. Mas o SUV de luxo já está esgotado, e a lista de espera pode demorar um ano.
Começou a ser vendido em Maio, a clientes que nem sequer o tinham visto ao vivo e já ultrapassou um ano de encomendas, no nosso mercado.
É claro que o mercado nacional não é grande, para um SUV que custa mais de 100 mil euros, mas, ainda assim, já foram encomendados 77 unidades por clientes que o compraram em território nacional. O equivalente a um ano de vendas.
Cerca de 30% desses clientes já eram proprietários de uma das duas anteriores gerações do Range Rover Sport, que começou a ser vendido em 2005 e já ultrapassou o milhão de unidades vendidas.
Além disso, mais 18% dos compradores já tinham outro modelo da marca, perfazendo 48% de clientes da casa. O que é bom, em termos de fidelização, mas talvez não seja tão bom, em termos de conquista de novos clientes.
PHEV é a prioridade
Por cá, quem compra um SUV como este tem duas prioridades: escolher a versão PHEV e comprar em nome de uma empresa, para usufruir de todos os descontos que o Estado oferece, pois o novo modelo cumpre a lei portuguesa dos 50-50.
Anuncia emissões médias abaixo dos 50 g/km de CO2 e tem mais de 50 km de autonomia elétrica, neste caso, com bateria de 38 kWh chega mesmo aos 113 km.
O sistema PHEV da Range Rover é dos poucos que pode ser abastecido em carregadores rápidos, neste caso com o máximo de 50 kW, demorando 1h00 a chegar aos 80%.
Os preços
A gama disponível em Portugal tem três versões que começam no antecipado “best-seller”, o “plug-in” P440e (107 232€), seguindo-se o Diesel D300 MHEV (134 614€) e o segundo PHEV, o P510e (146 826€). No próximo ano chega um V8 biturbo com 530 cv.
O número a seguir à letra assinala a potência, todos têm tração mecânica às quatro rodas e caixa automática, bem como motores térmicos turbocomprimidos com arquitetura de seis cilindros em linha e 3.0 litros de cilindrada.
Gémeo do novo Range Rover
Esta terceira série do RR Sport tem o nome de código L461 (o anterior era o L494) e partilha a plataforma multi-materiais com o novo Range Rover, incluindo grande percentagem de alumínio e um aumento de 35% na rigidez torcional.
De resto, o Sport tem tudo aquilo que tem o novo Range Rover. Suspensão pneumática com amortecedores ajustáveis, barras estabilizadoras ativas, direção às quatro rodas e sistema de tração inteligente, com diferencial ativo atrás.
Tem também uma nova geração dos modos de condução fora de estrada Terrain Response 2 e o ICC, um sistema que usa a informação do GPS para saber como é a estrada à frente e preparar o carro para cada situação.
Para já, apenas o pude ver ao vivo no concessionário da Carclasse, em Lisboa, onde a marca fez a apresentação nacional. Mas duvido que alguém se possa queixar de falta de luxo ou falta de espaço, mesmo com o tejadilho mais baixo que o Range Rover “full size”.
O mesmo estilo
O estilo é conservador ao ponto de nem sequer parecer um modelo novo. Mas basta olhar para a versão anterior para que a nova pareça logo muito mais moderna.
A frente é influenciada pela dos outros Range Rover e a traseira segue o estilo estreado no Velar. Para quem gosta da linguagem de estilo da marca, não duvido que vá adorar o Range Rover Sport.
Conclusão
Neste segmento, em que o os rivais têm nomes como Cayenne e X5, os SUV já valem 70% das vendas, por isso o RR Sport é um modelo importante para a marca. Em Portugal, já se venderam 1200 unidades, desde 2013.
Francisco Mota
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