Após quatro anos de ausência, o Defender volta ao mercado. O novo modelo passou para um segmento de luxo e subiu muito o preço. Mas, para Portugal, resta a esperança do “Plug-in”.

 

Há décadas que a Land Rover tentava descobrir a melhor maneira de substituir o seu emblemático Defender, o herdeiro do primeiro Land Rover de 1947.

Depois de muita especulação, finalmente o novo Defender chega ao mercado este ano, atrasado pela Covid-19. Mas o novo não substitui o antigo diretamente.

A Land Rover desde há vários anos que se tornou numa marca de automóveis de luxo, presente em segmentos onde o preço não é a principal razão de escolha do cliente.

Por isso, o novo Defender nunca podia ser um modelo rústico e utilitário como o seu antecessor, uma evolução do primeiro modelo, que se aproximava de um veículo agrícola.

Defender de luxo

O novo Defender é um SUV de luxo, se bem que a marca não queira usar a sigla da moda e o catalogue como “um verdadeiro 4×4.”

Os produtos da Land Rover estão divididos em três gavetas: luxo, versatilidade e durabilidade e o Defender encaixa na última gaveta.

Utiliza uma evolução da mesma plataforma em alumínio do Discovery, Range Rover e Range Rover Sport, aqui designada D7X, por isso tem suspensão independente às quatro rodas.

O adeus aos eixos rígidos deixou mal dispostos alguns fiéis do antigo Defender, mas a verdade, nua e crua, é que o novo modelo não é para eles.

Melhor que o antigo no TT

Mas a suspensão pneumática permite-lhe ter ângulos TT melhores que o modelo antigo e as redutoras são de série, tal como a caixa automática e o Terrain Response.

Este sistema, que oferece nove modos de condução, incluindo um automático, permite a qualquer novato transformar-se num perito de condução fora de estrada. Basta carregar num botão.

Mas, para os mais exigentes, há um diferencial traseiro ativo em opção e uma versão mais evoluída do Terrain Response.

Depois há os números, como os 3720 kg de capacidade de reboque, suspensão com curso de 50 cm, rodas com 80 cm de diâmetro, independentemente da jante escolhida (de 18 a 22”).

Novas tecnologias

Do equipamento faz parte o retrovisor com câmara de retaguarda, estreado no Evoque, bem como um conjunto de outras câmaras 360 graus, para condução fora de estrada, entre elas a famosa câmara que torna o capót “transparente”.

Há também um novo sistema de infotainment e todas as ajudas à condução presentes nos outros modelos da marca.

Quanto aos motores, é aí que começa o problema para um país como o nosso.

Para já, apenas estão disponíveis dois motores 2.0 Diesel de quatro cilindros, um com 200 cv (95 554 euros) e o outro com 240 cv (99 881 euros).

Além de dois a gasolina, o 2.0 de quatro cilindros e 300 cv (89 187 euros) e o 3.0 de seis cilindros com 400 cv (90 557 euros).

Primeiro o “110” depois o “90”

Estes são os preços para a carroçaria de cinco portas, o “110” pois o três portas “90” só chega no final do ano com preços cerca de 7000 euros abaixo.

Também existe uma versão comercial de três lugares, na fila da frente, mas não está decidido se virá para Portugal.

O “plug-in” será a escolha certa

A Land Rover vai lançar uma versão híbrida “plug-in” do Defender talvez no final do ano.

Deverá usar o sistema híbrido já conhecido da marca, que junta o motor 2.0 a gasolina de 300 cv a um motor elétrico de 116 cv, para um total combinado de 404 cv.

Será mais barato, sobretudo quando comprado por empresas, mas ainda nada está confirmado. Até lá, o sonho de ficar abaixo dos 80 000 euros pode esperar.

Francisco Mota

Para percorrer a galeria de imagens, clicar nas setas

Ler também, seguindo o LINK:

Ineos Grenadier: era assim que o novo Defender devia ser?