Lexus NX entra na segunda geração

Proporções apostam na maior largura, face à altura

A grelha Lexus toma uma nova aparência

Perfil com as rodas mais próximas dos extremos

A vista traseira foi a que mais mudanças recebeu

O Lexus NX assinala uma nova etapa na marca

O interior passou por uma revolução completa

Novo sistema de infotainment é mais rápido

Posição de condução orientada para o condutor

Mala não é prejudicada pela bateria na versão PHEV

Sistema PHEV do NX 450h+

A segunda geração do Lexus NX chega a Portugal no início de 2022, mas as pré-reservas já começaram. O novo SUV premium acrescenta um “plug-in” à versão híbrida e muda naquilo em que os compradores mais o criticavam.

 

Desde a sua apresentação, em 2014, o Lexus NX, o SUV intermédio da marca premium da Toyota, já entrou no clube dos milionários, ao ultrapassar a barreira do milhão de unidades vendidas em todo o mundo. A Europa absorveu 170 000 exemplares.

Em Portugal, o NX tem tido uma carreira discreta, mas 1/3 das suas vendas são feitas na Europa e já foi o quarto modelo mais importado na China. Mas não é só no volume de vendas que o NX é importante para a Lexus.

Sete em cada dez compradores do NX venderam um modelo de outra marca para comprar o Lexus. É aquilo a que se chama um modelo de conquista de clientes novos para a marca.

Quase tudo novo

Mas a Lexus quer mais, neste mundo sedento de SUVs, por isso numa tele-conferência em que participei, com ligação direta ao Japão, fiquei a saber que a marca decidiu mudar praticamente tudo na segunda geração do NX, já que 95% das peças são novas.

A plataforma passou a ser a GA-K, com maior rigidez estrutural, partilhada com o novo Toyota RAV4, mas ninguém diria, olhando-o por fora. A grelha típica da Lexus está ainda maior, mas com um visual modernizado.

Os faróis de LED são mais esguios, o perfil tem menos vincos e mais superfícies lisas, ganhando imenso com o crescimento da distância entre-eixos em 30 mm e com a colocação das rodas mais próximo dos extremos da carroçaria, pois o comprimento só aumentou 20 mm.

Estilo redefinido

A nível de estilo, a maior mudança é mesmo na zona traseira, criticada pelos proprietários da geração anterior por parecer demasiado alta e estreita. O trabalho aqui feito foi exatamente no sentido oposto, com vias mais largas, ombros sobre as rodas mais destacados e a zona do habitáculo mais baixa. As jantes vão até às 20”.

De uma forma geral, o estilo ficou menos “estranho”, mais elegante e mais “possante”, uma sensação que ganha destaque sobretudo na vista traseira, com luzes de formato mais apelativo.

Interior: uma revolução

Por dentro, o NX passou por uma revolução, dando razão aos responsáveis da Lexus quando afirmam que o novo modelo assinala uma nova fase na marca. O painel de instrumentos é digital e o tablier está mais orientado para o condutor, sobretudo o novo ecrã tátil central de 14 polegadas.

O seu software é mais rápido, tem comando por voz com o “prompt” “Hey Lexus!” e deixou de ter o impreciso “touchpad” típico dos modelos da Lexus, mas uma crítica de vários clientes. A consola foi simplificada, mas não deixou de ter os botões da climatização fora dos menus do infotainment, o que é sempre uma boa opção.

Novas funções

A posição de condução foi melhorada, os botões do volante são mostrados no Head Up Display, quando se lhes toca, de modo a que o condutor não tenha que desviar os olhos da estrada, quando os usa.

Como seria de esperar, o pacote de ajudas eletrónicas à condução foi muito melhorado, a Lexus diz que agora prevê mais 36% de cenários de risco e o Lexus Safety System Pack está presente em todas as versões, não é opcional.

Uma das novas funções está nos fechos interiores das portas, que são elétricos e estão coordenados com o sensor de trânsito. Se for detetado um veículo a aproximar-se, quando o condutor se prepara para abrir a porta, o sistema não deixa abrir a porta.

O “full hybrid”

Na Europa e em Portugal vão estar disponíveis duas versões, um “full hybrid” e um híbrido “plug-in”, ambos com o motor 2.5 de quatro cilindros. O primeiro recebe a designação 350h e está disponível em versões com tração mecânica à frente ou às quatro rodas. Emprega um sistema híbrido de quarta geração, com 242 cv de potência máxima combinada.

A Lexus afirma que as emissões reduziram em 10%, tal como os consumos. Tem uma nova bateria de iões de Lítio e anuncia a aceleração 0-100 km/h em 7,7 segundos. Outro dos progressos é que consegue rodar em modo elétrico até aos 155 km/h.

O “plug-in”

A segunda versão emprega um híbrido “plug-in” pela primeira vez na Lexus e recebe a designação 450h+. A potência máxima combinada é de 306 cv, anunciando os 0-100 km/h em 6,0 segundos.

Segundo a Lexus, a bateria de 18,1 kWh tem uma autonomia em modo elétrico de 63 km. As emissões de CO2, pela norma WLTP, são de 43 g/km.

A Lexus garante que a bateria não rouba espaço à mala e que até há um compartimento sob o piso para guardar os cabos de recarga.

Para alguns mercados, como o da Rússia, vão estar disponíveis duas versões não híbridas, sempre com o mesmo motor: o NX 250, com 199 cv e o NX350, o único com turbocompressor e 279 cv.

Conclusão

A chegada da nova geração do NX a Portugal está marcada para o início do próximo ano, com as pré-reservas já a começar. O que o NX não deverá ter é uma versão 100% elétrica, pela simples razão de que, já em 2022, será lançado um SUV elétrico com base na nova plataforma do grupo, projetada exclusivamente para modelos elétricos.

Francisco Mota

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