O Renegade e Compass receberam versões híbridas “plug-in”, são os 4xe que usam dois motores elétricos para ter tração às quatro rodas. Saiba todos os detalhes.

Mostrados no ano passado, naquele que pode ter sido o último salão de Genebra, pelo menos será o último durante três anos, as versões híbridas “plug-in” do Renegade e Compass vão chegar ao mercado em Setembro.

Com emissões de CO2 anunciadas nos 50 g/km, estas são versões essenciais para cumprir as emissões gerais de cada marca. Mas a Jeep não escolheu o caminho mais fácil.

O sistema é partihado pelo Renegade e Compass, os dois SUV mais pequenos da marca e utiliza como ponto de partida o motor 1.3 turbocomprimido a gasolina, um dos mais recentes no grupo FCA.

Ao motor a gasolina associa um motor elétrico, que assiste de binário o 1.3T e também trabalha como gerador, para carregar a bateria. Deste conjunto, que move as rodas da frente, faz parte uma caixa automática de seis relações.

O segundo motor elétrico

No eixo traseiro há um segundo motor elétrico (60 cv e 250 Nm), com caixa de redução e associada ao diferencial traseiro.

Desta forma, o sistema tem sempre tração às quatro rodas: híbrida, nas rodas da frente e elétrica, nas rodas de trás. O motor traseiro também faz regeneração.

A alimentação é feita por uma bateria de 11,4 kWh que funciona a 400V e está posicionada no túnel central e debaixo do banco traseiro. Sob a mala está o módulo de comando, mas não impede a presença de uma roda suplente.

Wallbox sem instalação

A Jeep propõe uma easyWallbox que se liga a uma tomada doméstica, sem necessidade de instalação e que permite carregar a bateria em 5h00, desde que a potência seja de 2,3 kW.

Há também uma versão de 7,4 kW, já a precisar de instalação, que reduz esse tempo para 100 minutos.

Sozinho, sem sistema híbrido, o motor a gasolina tem dois níveis de potência: 130 e 180 cv, ambos com 250 Nm. Estão assim disponíveis duas versões dos 4xe, uma com potência combinada de 190 cv  e outra com 240 cv.

Modos de condução híbrida

Da parte híbrida, o condutor pode contar com três modos de utilização: híbrido/elétrico/e-save.

Este último serve para guardar a carga da bateria, para usar mais tarde e também para fazer carregamento em andamento, com o motor a gasolina a atuar o gerador. Mas só carrega 80% da bateria, neste modo.

O modo elétrico tem autonomia anunciada de 50 km e pode ser usado até aos 130 km/h.

Modos de condução TT

Há também dois níveis de regeneração à escolha e depois os vários modos de condução do Select-Terrain a que acresce um modo eAWD e um novo modo Sport, exclusivo dos 4xe.

Apesar de não haver ligação física entre as rodas da frente e as de trás, o sistema oferece uma posição 4WD Low e outra 4WD Lock.

A primeira gere a caixa automática e o binário do motor elétrico traseiro de forma a otimizar a tração a baixa velocidade.

A posição 4WD Lock garante uma atribuição de binário igual entre as rodas da frente e as de trás, simulando o bloqueio do diferencial central, num sistema mecânico. Mas funciona apenas até aos 15 km/h.

E quando se acaba a bateria?

Para garantir que as capacidades 4×4 se mantêm intactas, mesmo quando a bateria se esgota, o motor a gasolina passa a accionar a máquina elétrica da frente, que então funciona como gerador.

Assim, envia a eletricidade necessária para o motor traseiro poder continuar a funcionar, numa função que a Jeep apelidou de Powerloop.

Mais aliciante para empresas

Os preços das versões 4xe situam-se no topo de cada gama. O Renegade 4xe de 190 cv custa 40 050 euros e o de 240 cv sobe aos 43 850 euros. Para comparação, uma versão 1.3T de 150 cv custa 29 100 euros, mas só tem tração à frente

No caso do Compass 4xe, a versão de 190 cv custa 44 700 euros e a de 240 cv sobe aos 49 300 euros. Um Compassa 1.3T de 150 cv, custa 34 950, mas também só tem tração à frente.

Há soluções financeiras da FCA que permitem colocar o Renegade 4xe no patamar mínimo da tributação autónoma, ou seja, 27 500 euros, o que o torna muito mais aliciante para empresas.

Conclusão

O conceito genérico do sistema híbrido “plug-in” da Jeep não é muito diferente do conhecido noutros modelos, por exemplo os da parceira PSA.

Mas adiciona algumas funcionalidades que permitem à marca dizer que os 4xe são mais eficientes no fora de estrada que as versões mecânicas. Agora resta esperar para os testar e confirmar tudo isto na prática.

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