Muitos condutores pensam que guiar com portas trancadas é perigoso, por dificultar o socorro em caso de acidente. Mas o perigo pode não ser esse. Saiba porquê.

 

É uma discussão antiga: será perigoso guiar com as portas trancadas? Alguns condutores pensam que sim, que levar as portas trancadas pode dificultar a sua abertura em caso de acidente e atrasar o socorro aos ocupantes.

O seu receio é que não seja possível abrir as portas trancadas, por dentro. E que a tranca possa impedir que alguém de fora consiga fazer o mesmo, dificultando o socorro.

Os acidentes dos filmes

Na mente de muitos estarão os habituais acidentes espectaculares dos filmes, em que grandes embates são seguidos de explosões e incêndios imediatos.

Na verdade, esse tipo de acidente é altamente improvável, devido a todos os sistema de segurança do circuito de combustível dos carros. Estima-se que menos de 4% de acidentes de automóveis envolvam incêndios perigosos, portanto, podem ser considerados como uma catástrofe muito improvável.

De qualquer modo, levar as portas trancadas, raramente é o fator que impede a sua abertura, num cenário de socorro após acidente.

Na esmagadora maioria dos automóveis, basta puxar o fecho da porta do condutor para destrancar as portas ao mesmo tempo.

Tranca automática

Alguns condutores não gostam dos sistemas, hoje frequentes nos carros modernos, nos quais as portas são automaticamente trancadas assim que o veículo inicia a marcha.

Em todos estes sistema, é possível ao condutor configurar o sistema para que isso não aconteça, para que as portas não sejam trancadas automaticamente.

Mas o receio de ficar trancado dentro do carro, em caso de acidente tem ainda menos razão de ser em carros equipados com a tranca automática das portas.

Todos os carros que têm este sistema, de tranca automática das portas, também têm o oposto, ou seja, um sistema que deteta um acidente e destranca automaticamente as portas nesse momento, exatamente para facilitar a saída e o auxílio externo.

Um detalhe na altura do socorro

Na verdade, no caso de um acidente, as trancas das portas não passam de um detalhe, em termos de operações de socorro e salvamento.

Muito mais determinante para a eficácia e rapidez do socorro é a deformação das portas que, isso sim, poderá impedir a sua abertura, obrigando ao desencarceramento.

Mas é por isso que as marcas são obrigadas a fazer “crash-tests” aos seus automóveis, para garantir que isso não aconteça ou que aconteça apenas em casos raros de acidentes muito severos.

Por outro lado, as forças de socorro têm sempre maneira de facilmente partir os vidros e aceder aos ocupantes, usando ainda instrumentos de corte especiais para os libertar dos cintos de segurança.

Acessório para quem “precise”

Contudo, no mercado de acessórios, existem ferramentas desse tipo que podem ser adquiridas pelos condutores.

São mais pequenas e portáteis das usadas pelas forças de socorro, mas têm um pequeno martelo, para conseguir partir os vidros de dentro e uma lâmina, para cortar os cintos de segurança. Perfeito para os condutores mais desconfiados.

Na verdade, o verdadeiro perigo pode ser o oposto, não levar as portas trancadas. E ser outro tipo de perigo.

Assaltos são maior perigo

Em vários países, os assaltos a automóveis parados nos semáforos ou em filas de trânsito são um fenómeno preocupante, que é precisamente potenciado pelos condutores que não conduzem com as portas trancadas.

Isso facilita em muito o acesso dos assaltantes ao interior do automóvel, seja para fazerem furtos de objetos pessoais, seja para casos mais graves de roubo do automóvel, violência ou até de sequestro.

Conclusão

As autoridades de alguns países, aconselham vivamente os condutores a circularem sempre com as portas trancadas, para evitar este tipo de assaltos de ocasião.
Se pensa que guiar com as portas trancadas é perigoso, pondere bem o assunto, pois há maior probabilidade de correr riscos por não levar as portas trancadas, do que o oposto.

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