DS 4 será o modelo mais importante da marca até agora

DS Smart Touch para comandar o infotainment

Há vários tipos de materiais no interior

Grelhas de climatização centrais dissimuladas

Grelhas de climatização laterais estão nas portas

Alguns componentes são acabados por artesãos

Porta-luvas integralmente forrado

Comandos dos vidros elétricos no topo das portas

Bancos com efeito bracelete de relógio de pulso

Tomadas USB para os lugares de trás

Acabamentos interiores são uma prioridade

Comando do "head up display" e dos retrovisores

Bancos aquecidos, ventilados e com massagens

Só caixas automáticas no DS 4

O DS 4 marca a entrada da DS nos C-premium

A DS Automobiles investiu muito nos interiores do novo DS 4, que se apresta a chegar ao nosso mercado. Diz que foi buscar o “savoir-faire” francês para dar ao habitáculo uma personalidade própria e um ambiente que o distingue dos rivais premium. Mas como fez isso?…

 

A marca francesa premium da Stellantis, a DS Automobiles, apresenta o seu novo DS 4 como um compacto que recorre a um certo “savoir-faire” tipicamente francês para proporcionar um ambiente próprio no habitáculo.

A estratégia é colocar no mercado um modelo que consiga rivalizar, no segmento C, com os modelos das marcas premium alemãs, casos do A4, Série 1 e Classe A, com um automóvel feito segundo os mesmos princípios das marcas francesas de luxo, na área da moda.

Mas uma coisa é usar e abusar de expressões como “savoir-faire” e “avant-garde” e outra é concretizar essas tendências num automóvel que as possa usar como argumentos. O conceito da DS sempre foi estar nos segmentos premium com produtos diferentes, não com meras “imitações” dos líderes tradicionais.

Objetivos claros

Os objeticos são claros e foram anunciados quando o DS 4 foi mostrado à imprensa pela primeira vez: conseguir conquistar 1,5% de quota de mercado nos premium, com produtos que são 2,4% mais baratos, para níveis de equipamento equivalentes.

Claro que o estilo da carroçaria é um dos argumentos mais fortes, mas o ambiente do habitáculo vem logo a seguir. Afinal, um utilizador está muito mais tempo em contato com o interior do que com o exterior do seu automóvel.

A estrutura do interior começa por ser o principal fator diferenciador. Por exemplo com o conceito DS Air, em que a colocação das grelhas laterais da climatização é desviada para os painéis das portas, dando maior largura ao “tablier”. E também as grelhas centrais foram alvo de atenção, estando dissimuladas sob um friso de botões na consola central.

Os comandos destas grelhas centrais estão posicionados junto desse friso de botões físicos, que inclui os comandos da climatização e de outras funções que necessitam de acesso rápido.

Tecnologia e materiais

O ambiente do interior é tão influenciado pela tecnologia disponível, como pelos acabamentos e materiais utilizados. No segundo caso, a DS recorre à experiência e dedicação de artesãos para o acabamento de alguns dos painéis interiores, como os das portas.

Algumas das costuras que lá se podem ver, não são feitas por máquinas, mas por mulheres e homens especializados na arte do trabalho com o couro. Algo muito invulgar, sobretudo em marcas de grande volume.

Outro detalhe que já faz parte da imagem dos DS é o forro dos bancos em pele, feito de maneira a evocar as braceletes metálicas dos relógios de pulso.

São bancos de alta densidade, com vários estratos de espuma na sua construção, para aumentar o conforto em viagens demoradas. Os bancos da frente estão dotados de aquecimento, ventilação e massagens.

Vários tipos de materiais

No caso do DS 4, existem vários tipos de materiais usados para o interior, de acordo com as várias versões da gama: dois tipos de couro, nas versões Rivoli e Trocadero e Alcantara, no Performance Line. Grande parte do habitáculo está forrado com estes materiais, como o tablier, portas e consola.

Há um grande cuidado no tratamento das superfícies, para serem agradáveis ao tato, resistentes e duráveis. Além do couro, podem encontrar-se aplicações em metal com relevo especial e também em madeira.

Mas há também uma preocupação com a ergonomia, nomeadamente dos comandos existentes no habitáculo.

Por exemplo, os botões dos vidros elétricos estão colocados no topo das portas, virados para o condutor, para serem mais rapidamente encontrados pelos dedos, não obrigando a desviar os olhos da estrada.

Há também um botão à esquerda do volante para regular o “head up display” de forma rápida, sem necessidade de entrar no sistema de infotainment para procurar estes comandos. É aliás, o mesmo botão que serve para regular os retrovisores.

DS Smart Touch

Talvez a maior inovação seja o pequeno “touchpad”, designado DS Smart Touch, colocado entre os bancos e que serve para navegar entre as funções principais no menu do sistema de infotainment Iris.

Neste touchpad são admitidos movimentos semelhantes aos que fazemos nos smartphones, como o “zoom in” e “zoom out” e também reconhecimento de letras, útil na programação dos sistema de navegação.

Os comandos por voz de nova geração vão também no mesmo sentido de manter a atenção do condutor na estrada, enquanto dá instruções ao sistema para atuar uma dada função secundária.

O “head up display” é maior do que o comum, com 21”, e fornece mais informações afixadas virtualmente no para-brisas, dentro do campo de visão do condutor, a uma distância focal de quatro metros, sobrepondo-se à vista da estrada.

Só caixa automática

Foram tomadas algumas decisões fundamentais que determinaram a estrutura do habitáculo, como por exemplo a inexistência de opção por caixas de velocidades manuais em toda a gama DS 4.

Isso permite libertar espaço na consola, que pode ser usado para porta-objetos. Tanto mais que a alavanca da caixa automática foi reduzida a um pequeno comando basculante.

Logicamente que o objetivo principal da DS Automobiles, quando lança o novo DS 4, é obter lucro com a vendo do novo modelo. Mas há uma preocupação com a experiência do cliente, sobretudo dos que compram um DS pela primeira vez. A marca espera que a taxa de conquista de novos clientes do DS 4 seja a mais alta da sua oferta.

App e DS Store

Para facilitar a vida aos proprietários, a DS desenhou o programa “Only You” que inclui acesso a eventos exclusivos, disponibilidade de diferentes carros de aluguer pela Free 2 Move, serviço de recolha e entrega do automóvel para a manutenção, um assistente pessoal e uma nova aplicação para telemóvel.

A DS Automobiles está a fazer um esforço para encontrar o seu espaço no segmento premium, com um conjunto de argumentos que passam muito pelo requinte e originalidade do habitáculo do novo DS 4.

Mas que também passa pelas DS Store, lojas que estão a ser abertas no centro de algumas das maiores cidades onde a marca opera e que se posicionam como locais também eles premium e onde não se fala apenas de automóveis. Beber um café, ouvir música ou degustar um chocolate, tudo isso vai ser possível numa DS Store.

Conclusão

Para a marca DS, a entrada no segmento C-premium representa o seu maior desafio até ao momento, tanto a nível de vendas potenciais como de conquista de novos clientes. Mas também em termos de posicionamento. Se o DS 4 for um sucesso, a DS Automobiles acelera francamente o seu posicionamento entre as marcas premium mais estabelecidas no mercado.

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DS 4 – Como o design francês quer rivalizar com o alemão