Após dois meses de estacionamento, alguns pneus foram “atacados” pela Covid-19. Perda de pressão é o problema mais comum, mas outras questões podem estar escondidas. Saiba quais.

 

Ninguém estava à espera de ter que deixar o seu carro parado durante dois meses, por isso poucos os terão preparado para a “hibernação” forçada.

Teria sido bom aumentar a pressão dos pneus antes da paragem prolongada, mas quase ninguém teve tempo ou oportunidade para o fazer.

E o resultado está à vista: pneus “em baixo” em vários carros estacionados pela cidade.

A imagem é, como sempre, desanimadora. Até porque, pode haver outros problemas escondidos por detrás da óbvia falta de ar.

Para os casos nos quais um pneu esteve a perder ar até deixar a jante assentar na borracha, a primeira coisa a fazer é, obviamente, encher o pneu.

Usar um compressor

Se a bateria do carro estiver carregada (o que pode ser outra “doença” provocada pela Covid-19…) talvez o mais fácil seja usar um compressor elétrico, dos que se ligam ao isqueiro do carro.

Se a bateria estiver também descarregada, talvez pedir a um amigo que o ajude com o seu carro, a “dar um encosto” e carregar a sua bateria, ou, pelo menos, deixar ligar o compressor.

Procure no seu carro a tabela das pressões de pneus aconselhadas pelo construtor: pode ser uma placa ou autocolante fixos à carroçaria, ou uma página do manual de instruções.

O melhor será encher primeiro com a pressão máxima indicada: para carga completa do veículo, para tentar remediar a deformação do pneu.

Aproveite para colocar a pressão dos outros pneus também no máximo indicado na tabela do construtor. A seguir vai ter que fazer um teste.

Problemas “escondidos”

Mas antes de arrancar, dê uma vista de olhos aos pneus. Verifique se têm fissuras nas paredes laterais, rasgos, qualquer tipo de dano de que não se lembre.

Se algum pneu tiver danos, não arrisque e vá diretamente a uma casa de pneus para uma inspeção por um especialista. Prepare-se para a possibilidade de ter que comprar pneus novos.

Aproveite e verifique também o desgaste da banda de rolamento dos pneus. Não se esqueça que a altura mínima do “rasto” dos pneus é de 1,6 mm, tudo o que estiver abaixo disso, é ilegal.

Para o ajudar, os pneus têm as chamadas marcas de desgaste – uma espécie de “pontes” dentro dos canais longitudinais – se estas estiverem à superfície, está no hora de trocar.

Fazer um teste de estrada

A seguir, deve fazer um teste de estrada. Escolha uma de bom piso e fique à escuta. O mais certo é que sinta uma trepidação oriunda do pneu que esteve “em baixo” algum tempo. Ou mesmo dos quatro.

É que, por terem ficado parados durante tanto tempo na mesma posição, os pneus ganharam uma deformação, ficando ligeiramente mais “planos” nessa zona. O que foi abaixo, ainda mais.

É aquilo a que se chama ficar com os pneus “quadrados”, uma expressão exagerada para o efeito.

Em princípio, após percorrer algumas dezenas de quilómetros, os pneus acabam por voltar ao normal e a vibração desaparece gradualmente.

Se isso não acontecer, então é porque as telas ficaram danificadas e, lamento informar mas vai mesmo ser preciso trocar os pneus…

Conclusão

Não se esqueça que os pneus são a única ligação do carro à estrada. Por isso é fundamental que estejam em boas condições. E volte a colocar a pressão dos pneus nos valores aconselhados para a utilização que vai dar ao seu carro.

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