A Jeep apresentou o renovado Compass, o seu SUV para o segmento do Qashqai. Novidades são o motor a gasolina 1.3 T4 e afinações de “chassis” adaptadas à Europa.

 

Mais uma apresentação internacional em que estive “presente”, sem sair do conforto da minha casa. Confesso que começo a gostar disto: só a informação relevante, num vídeo profissional e sem “bullshit”, evitando viagens de avião e esperas nos aeroportos.

Claro que ainda não foi a altura de guiar o renovado Jeep Compass, mas fiquei a saber tudo o que de mais importante o “Qashqai da Jeep” recebeu.

As unidades Compass a vender na Europa deixam de ser fabricadas em Toluca, México e passam para a fábrica da FCA em Melfi, Itália, junto ao Renegade. Isto permite reduzir o tempo de entrega para três semanas, segundo a marca.

Compass mais europeu

O Compass foi revisto a vários níveis, começando logo pela afinação do “chassis”.

A Jeep garante que fez um trabalho de acerto da assistência da direção e da suspensão (com novos amortecedores) de forma a melhor agradar aos gostos do consumidor europeu.

Maior precisão da direção e melhor controlo das massas em curva ou sobre irregularidades, é o que espero tenho acontecido nesta revisão dinâmica. Mas terei de esperar para confirmar.

Novo motor 1.3 T4

A grande novidade é a estreia do motor 1.3 T4 de quatro cilindros a gasolina, uma unidade com bloco em alumínio e injeção direta com algumas particularidades interessantes.

Pertence à família Multiair, por isso tem um variador de fase nas válvulas de admissão, além de um turbocompressor de baixa inércia, com “wastegate” de comando elétrico.

Este motor está disponível com dois níveis de potência: 130 cv ou 150 cv, mas ambos com 270 Nm de binário máximo.

O primeiro está acoplado a uma caixa manual e o segundo a uma nova automática de dupla embraiagem, ambos com tração às rodas da frente.

A Jeep anuncia uma redução de 30% nos consumos, face à motorização homóloga anterior.

A versão mais potente passa a ter um modo de condução Sport, que altera o mapeamento do acelerador e intensidade de assistência da direção, além da gestão da caixa.

Não só as passagens são mais rápidas, como a caixa retém a mudança engrenada perante uma desaceleração brusca, não subindo para a relação acima.

A versão 1.6 Multijet II a gasóleo, com 120 cv e 240 Nm, continua disponível.

Mais conetividade

A Jeep aproveitou para melhorar o sistema de conetividade, com uma aplicação para smartphone que permite ao utilizador manter contacto à distância com os dados vitais do seu carro.

A bordo, o monitor tátil central passa a estar permanentemente conectado, tem uma maior facilidade de utilização dos menus, atualizações à distância e um ponto wi-fi, além de sistema de tracking em caso de roubo. Algumas destas funções estão sujeitas a pagamento de assinatura.

Finalmente, a segurança ativa foi melhorada com um pacote completo de ajudas eletrónicas à condução, entre elas a monitorização ativa do àngulo morto, manutenção de faixa, travagem de emergência, entre outros.

O preço base anunciado é de 27 750 euros, o que permite um posicionamento competitivo face aos principais rivais do segmento, com as vendas a começar já a partir deste mês.

Híbrido em setembro

Entretanto, em setembro, a gama Compass vai contar também com uma versão híbrida “plug-in” “4Xe” que utiliza a base deste mesmo motor 1.3 T4 Multiair, acrescentando uma máquina elétrica e uma bateria.

Terá duas versões, com 190 ou 240 cv e autonomia em modo elétrico de 50 Km, além de possibilidade de versões de tração às quatro rodas.

Conclusão

Em 2019, o Compass foi o modelo mais vendido da marca a nível global, representando 40% das vendas. Com esta nova motorização, a Jeep reposiciona o Compass e torna-o mais apelativo num segmento em que a concorrência é muita e muito competente. A imagem da marca Jeep vai certamente continuar a ser uma vantagem face a outras, com menos tradição.

Para percorrer a galeria de imagens, clicar nas setas

Ler também, seguindo o LINK:

Fusão Peugeot/Fiat: quem tem mais a ganhar com o negócio?