Volvo S90 Small Overlap Crash Test

O cinto de segurança de três pontos, introduzido pela Volvo nos anos cinquenta, terá salvo um milhão de vidas aos utilizadores de veículos da marca. Agora, prepara-se um novo conjunto de medidas para salvar mais um milhão. Saiba quais são.

 

Uma ideia parva, um atentado à liberdade individual foram algumas das reações à introdução do cinto de segurança de três pontos pela Volvo nos anos cinquenta. “Ninguém o vai querer usar”, era a conclusão dos críticos, mas a verdade é que a utilização do cinto de segurança se tornou obrigatória em muitos países a partir dos anos setenta.

A Volvo estima que a utilização do cinto de segurança, pelos condutores de modelos Volvo, tenha sido responsável por salvar um milhão de vidas em acidentes rodoviários.

A segurança sempre foi um tema prioritário para a Volvo, que desenvolveu muitos outros sistemas ao longo dos anos, para proteger os ocupantes de um automóvel em caso de acidente.

Agora, a marca Sueca entrou numa nova fase de combate às fatalidades em acidentes, com a limitação da velocidade máxima de todos os seus modelos a 180 km/h, uma medida introduzida já este ano de 2020.

Outras medidas em preparação

Mas há outras duas medidas em preparação para aplicação em breve. A primeira é a instalação de câmaras de vídeo no habitáculo, para detetar distração do condutor, fadiga e até situações de intoxicação por álcool ou drogas, que podem colocar em causa a segurança.

Outra das medidas em desenvolvimento é a limitação automática da velocidade do automóvel nas proximidades de escolas e hospitais, o que será feito recorrendo a tecnologias de informação inteligente e localização por GPS.

A Volvo estuda ainda outras abordagens ao tema da segurança através de novos sistemas como o “highway pilot”. Já na próxima geração de modelos Volvo, estará instalado o “hardware” necessário, um LIDAR, para a condução autónoma em autoestrada. À medida que a legislação sobre o tema for evoluíndo, a Volvo fará atualizações à distância dos seus modelos de modo a ficarem dotados de todo o “software” necessário à condução autónoma em autoestrada.

Segurança infantil

Sabendo que os acidentes de automóvel são a principal causa de morte entre os passageiros com idades entre os 10 e os 19 anos, a Volvo está a implementar outras medidas como a Care Key. Com esta funcionalidade, os pais podem emprestar o carro aos seus filhos recém encartados mas com a potência e e velocidade máxima limitadas.

A preocupação da Volvo com a segurança das faixas etárias mais baixas vem já de 1964, quando a marca participou na construção do primeiro protótipo de cadeira para criança, instalado num Volvo PV544. Em 1967, já com o modelo Amazon, a Volvo propunha aos seus clientes, como acessório, um encosto acolchoado com alças para montar no banco do passageiro da frente, depois de o rodar para trás.

Em 1972, foi apresentada a primeira cadeira para criança, para ser montada voltada para trás e em 1999, a primeira cadeira do mesmo género com fixação Isofix. A Volvo acredita que a maneira mais segura de transportar crianças até aos quatro anos é precisamente voltadas para trás, de forma a serem as costas a suportar os esforços em caso de embate. A inspiração vem dos primeiros vôos espaciais em que os astronautas adotam essa mesma posição durante o lançamento, de forma a suportar as elevadas acelerações com as costas.

Com a recém-lançada nova geração de cadeiras para crianças, a Volvo recomenda que as crianças até 140 mm de altura sejam transportadas em cadeiras infantis ou em bancos elevatórios.

Investigação de acidentes

Mas a segurança na Volvo não se fica pela preparação dos automóveis e dos passageiros para o embate. Desde há muito tempo que a marca investiga também os momentos após o acidente, muitas vezes fulcrais para salvar vidas em perigo.

Para o fazer, a Volvo começou a realizar testes de colisão inéditos, que complementam os ensaios normalizados que desenvolve continuamente em laboratório. Um dos mais interessantes foi realizado este ano, quando decidiu deixar cair de uma altura de 30 metros vários novos modelos.

A violência do embate no solo mostra aquilo que se pode passar quando um automóvel ligeiro choca contra um grande camião ou se despista contra um obstáculo de grandes dimensões ou recebe um forte embate lateral.

Equipas de resgate em ação

O teste tinha como objectivo fornecer aos serviços de resgate e salvamento material de trabalho em que pudessem testar as suas técnicas. Geralmente, estes serviços usam carros de sucata com mais de vinte anos para treinar. Com aço antigo e por vezes já corroído.

Com estes dez modelos novos que a Volvo deixou cair contra o solo de um guindaste colocado a 30 metros de altura, os operacionais do serviço de resgate ficaram com uma hipótese de treinar com carro novos, feitos de aço de alta resistência, o que os obriga a atualizar os seus métodos de trabalho e até as suas ferramentas hidráulicas.

É sabido que os minutos imediatamente a seguir ao acidente são muitas vezes os mais importantes, aqueles onde os acidentados podem estar entre a vida e a morte. Os especialistas chamam-lhe a hora dourada.

Equipa de investigação de acidentes

Desde 1970, fez meio século este ano, que a Volvo tem uma equipa de investigação de acidentes, em Gotemburgo, na Suécia. Sempre que ocorre um acidente na região com um Volvo, seja de dia ou de noite, a equipa desloca-se ao local e faz um relatório completo do acidente.

Recolhe dados sobre as causas do acidente, as condições meteorológicas e da estrada, bem como o comportamento do condutor.

O papel destes verdadeiros detetives da segurança obriga a colocar muitas perguntas: qual a força do embate? A que velocidade reagiram os sistemas de segurança? Qual o estado dos ocupantes?

Mais tarde, se for possível, a equipa avaliará o veículo acidentado em maior detalhe mas os dados recolhidos no local do acidente são fundamentais. Sempre que for possível, a equipa entrevista, numa data posterior, os envolvidos no acidente e analisa os relatórios clínicos. Todos os dados são despersonalizados antes de serem tratados pela Volvo, a uma cadência entre os 30 a 50 acidentes por ano.

Com esta informação, os projetistas podem depois incorporar nos próximos modelos as modificações que acharem úteis para melhorar o desempenho dos futuros Volvo em caso de acidente.

Conclusão

Esta abordagem completa da segurança tem feito da Volvo uma das marcas mais respeitadas na área e também uma das que mais tem contribuído para a evolução da segurança a bordo dos automóveis. Em muitos casos, os resultados das suas investigações e relatórios são disponibilizados gratuitamente a serviços de resgate e salvamento, bem como a quem os pretender consultar. Para atingir o objetivo de salvar mais um milhão de vidas.

Para percorrer a galeria de imagens, clicar nas setas

Ler também, seguindo este LINK:

Teste em vídeo – Volvo V60 T6 Recharge: é “plug-in” e eficiente