Há uma discussão sobre qual o melhor tipo de comando para os cada vez mais complexos sistemas multimídia dos automóveis. Rotativo ou tátil, qual o melhor? Qual o mais seguro? Qual o mais preciso? Em suma, qual o que obriga o condutor a desviar menos tempo os olhos e a atenção da estrada?

Os construtores costumavam dividir-se, pelas duas opções, mas os comandos táteis estão a ganhar terreno, e rapidamente, nos últimos tempos.

Pelo sim, pelo não…

A dúvida sobre que tipo de comando é melhor, para o condutor poder interagir com os monitores dos sistemas de multimídia não é uma questão apenas de gosto, nem uma questão apenas dos condutores. Os próprios fabricantes de automóveis têm as suas dúvidas. Alguns, pelo sim pelo não, até oferecem mais que uma maneira de interagir com o automóvel. Isso comprova-se em alguns modelos que têm, nada menos, que quatro maneiras de dar ordens ao sistema ou de procurar algo, quando é preciso navegar pelo meio dos vários menus.

As opções, quais são?

As opções são quatro: através de um botão rotativo, por meio de toques no monitor, por voz e alguns até por gestos no ar. Mas qual será o melhor?…
Tomando como critério o modo que menos atenção exige ao condutor – a atenção que ele precisa para olhar para a estrada e evitar incidentes – o melhor interface será aquele que, apenas através do tato, permite fazer todas as operações sem tirar os olhos da estrada, ou, no máximo, tirando-os apenas para um relance a confirmar no monitor a ordem dada.

Os táteis são os piores

Os sistemas táteis, exigem sempre que os olhos guiem os dedos até tocarem nos quadrados que dão as ordens, tal como nos smartphones. Se a operação falhar, exigem o dobro do tempo. Os comandos por voz estão cada vez mais aperfeiçoados, sobretudo com a chegada da Inteligência Artificial, que aceita um léxico muito mais alargado, mas ainda não são rápidos nem 100% eficientes. Quanto aos comandos por gestos no ar, poucas marcas os usam e apenas para comandos muito básicos, como mudar a estação de rádio ou ajustar o volume do som.

Habituados aos seus  smartphones, a preferência de muitos condutores vai para os monitores táteis.

No final ficam os botões, sobretudo os rotativos, que permitem navegar pelos vários menus, escolher as opções pretendidas e sem nunca ter que olhar para a mão que está a fazer essa operação. Claro que é preciso ir olhando para o monitor e confirmar, mas a atenção exigida é muito menor.

Conclusão

Se os comandos rotativos são os que, do ponto de vista ergonómico se mostram os mais eficientes, a verdade é que não são os preferidos da maioria dos condutores. Habituados aos seus smartphones, a preferência de muitos condutores vai para os monitores táteis e até começam a olhar para os botões rotativos como uma solução ultrapassada. E as marcas dão aos clientes aquilo que eles querem, como é lógico.