Audi Q4 e-tron chega em Junho

Potências dos 170 aos 299 cv e autonomia até aos 520 km

Qualidade do interior promete estar ao nível habitual da marca

Este é o Q4 e-tron Sportback

Quatro versões de potência, três combinações bateria/motor, duas variantes de tração, duas capacidades de bateria e duas carroçarias. Quando se pensava que as gamas dos elétricos seriam mais simples, eis que chega o Audi Q4 e-tron e se instala a confusão.

 

É o primeiro Audi feito com base na plataforma elétrica MEB do grupo VW, estreada no ID.3, sendo por isso o primeiro SUV da marca a usar essa base técnica. Tem os atributos conhecidos do ID.3, em termos estruturais, mas acrescenta a imagem Audi e um interior que se adivinha de melhor qualidade.

As pré-reservas para os compradores portugueses já estão abertas, mediante um depósito de 1500 euros. Assim, poderá ser um dos primeiros a configurar e a receber o seu Q4 e-tron, a ser entregue a partir de Junho.

Se preferir a versão SUV-Coupé Q4 e-tron Sportback, terá que esperar até Setembro e o preço final será 2069 euros mais caro.

O acesso à gama

A versão de acesso à gama será o Q4 35 e-tron, com a Audi a insistir numa nomenclatura alfanumérica de versões que não se relaciona com nenhuma característica técnica, tal como já acontecia nos modelos a gasolina e gasóleo.

Então, o Q4 35 e-tron tem a bateria mais pequena de 55 kWh e um motor traseiro de 170 cv e 310 Nm. Está limitado aos 160 km/h e faz os 0-100 km/h em 9,0 segundos.

A bateria de 55 kWh pode ser carregada a 7,2 kW em corrente alternada (carregadores normais, wallbox e tomadas domésticas) e a 100 kW, em corrente contínua (carregadores rápidos).

A autonomia declarada é de 314 km, subindo para os 349 km na versão Sportback, supostamente devido à melhor aerodinâmica.

Começa a confusão…

Até aqui, tudo (mais ou menos) simples. A confusão começa quando olhamos para o resto da gama. Estão disponíveis duas baterias, a já referida de 55 kWh e uma maior de 82 kWh, em valores “brutos”.

O Q4 pode ter apenas um motor atrás ou acrescentar um segundo motor à frente, o que o faz passar a quattro, como seria de esperar.

Tudo isto se combina em quatro versões que vão estar à venda no início:

– Q4 35 e-tron com bateria de 55 kWh e um motor de 170 cv (44 813 euros)

– Q4 40 e-tron com bateria de 82 kWh e um motor de 204 cv (51 744 euros). Faz os 0-100 km/h em 8,5 segundos

– Q4 45 e-tron quattro com bateria de 82 kWh, dois motores e 265 cv (55 245 euros)

– Q4 50 e-tron quattro, com bateria de 82 kWh, dois motores e 299 cv (57 342 euros). Faz os 0-100 km/h em 6,2 segundos.

E as autonomias?

Quanto a autonomias, o primeiro anuncia os já referidos 341 km, o segundo é o que tem maior autonomia, chegando aos 520 km. O mais potente anuncia 488 km, do terceiro não encontrei o valor de autonomia.

Mais um dado: os dois mais potentes podem carregar a 11 kW (corrente alternada) e a 125 kW (corrente contínua).

Certamente os estudos de Marketing da Audi conseguiram identificar quatro tipos de cliente para o Q4 e-tron, que na verdade são oito, considerando as duas carroçarias.

Mas, numa fase de transição já de si tão complexa como é a passagem de carros a gasolina ou gasóleo para elétricos, talvez esta complexidade da oferta não seja uma ajuda para o comprador.

Conclusão

Na verdade, parece que evoluiu tudo, menos o Marketing, que se mantém fiel a gamas com designações enigmáticas e uma multiplicação de versões que visa a sua hierarquização, mas que muitas marcas estão a combater, a bem da rentabilidade.

Francisco Mota

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