Com apenas 3,62 metros de comprimento, menos que um atual Adam, o primeiro Corsa foi apresentado em 1982, destinado a posicionar a Opel num segmento em crescimento, na Europa. O mercado acolheu o mais pequeno modelo da marca com entusiasmo, como as vendas o provaram nos anos seguintes.
Corsa A, 1982 – surpresa
A mistura entre as dimensões compactas, interior espaçoso e prático, facilidade de condução e uma estética inovadora para a altura agradaram de imediato. A carroçaria tinha um bom Cx de 0,36, dos melhores na classe. Além da versão de três portas, surgiam também versões de duas portas e três volumes, de quatro portas e de cinco portas.
No topo da gama estava o desportivo GSI com motor de 100 cv. Estes atributos fizeram do primeiro Corsa um sucesso imediato com as vendas a fechar nos 3,1 milhões, quando o modelo deixou de ser produzido, onze anos depois.
Corsa B, 1993 – recordista
A segunda geração revolucionou no estilo, em 1993, passando das linhas retas paras as curvas e formas arredondadas desenhadas pelo guru do “car design” Hideo Kodama. A ideia era apelar ao público feminino que tinha sido uma parte importante da geração anterior, aumentando também o espaço interior, graças à subida de 10 cm no comprimento.
Nas suas múltiplas versões, nem faltou uma carrinha e uma pick-up, além de um novo GSI com 109 cv. O Corsa B atingiu os 4,0 milhões de unidades vendidas em sete anos de vendas, foi o mais vendido de todos.
Corsa C, 2000 – continuidade
Quando a terceira geração foi lançada, a decisão de fazer um estilo evolutivo, era óbvia, dado o sucesso do seu antecessor. O Corsa C de 2000 subia claramente na qualidade de construção e muito na dinâmica. Tal como o seu antecessor, o comprimento aumentou mais 10 cm. Os motores a gasolina passaram a ter cabeças de quatro válvulas por cilindro.
O público continuou a aderir ao modelo e as vendas totalizaram 2,5 milhões de unidades, numa altura em que a concorrência começava a ser cada vez mais forte.
Corsa D, 2006 – partilha
O Corsa D marcou uma mudança estrutural importante, como o início da partilha da plataforma com o Grupo Fiat e com a maior diferenciação entre a carroçaria de cinco portas e a de três, que se transformou quase num pequeno coupé.
Chega o start/stop ao modelo e motores cada vez mais eficientes. As vendas mantiveram-se fortes, com 2,9 milhões em oito anos de carreira.
Corsa E, 2014 – evolução
Em 2014, foi lançado o Corsa E, que mantinha a plataforma do modelo anterior e marcava a altura para a Opel atualizar os conteúdos tecnológicos e a dotação de equipamento. Surgem opções como a câmara dianteira com reconhecimento de sinais de trânsito e a conetividade, com Carplay e Android Auto.
A versão desportiva OPC tem 207 cv e mais tarde volta a sigla GSI, numa versão de 150 cv. As vendas desceram para os 1,2 milhões numa carreira que durou cinco anos.
Corsa F, 2019 – revolução
Este ano, o Corsa volta em força ao mercado, agora com a Opel inserida no grupo PSA. Partilha a plataforma CMP com o Peugeot 208 e adota as várias versões do motor 1.2 de três cilindros da PSA, bem como a inovadora caixa automática de oito velocidades.
Passa a ter um interior de muito maior qualidade, com interface tátil e sobe de nível na dinâmica, com um centro de gravidade mais baixo. Acrescenta ajudas eletrónicas à condução e uma versão elétrica.
Conclusão
O Opel Corsa faz parte da história do segmento dos utilitários na Europa das últimas quatro décadas e também do parque automóvel nacional. Ao longo das suas cinco gerações, conseguiu ser sempre uma escolha válida para os compradores de modelos deste segmento.
Com a entrada na sexta geração, feita já dentro do grupo PSA, o Corsa ganha novas ambições. Veremos como se vão concretizar nos próximos anos.
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